Série Chris Surdak | 4 de 6 | Desenvolvimento de novas competências

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Chris, no contexto do Big Data, o que precisamos aprender também está mudando. Quais as diferenças que você poderia citar?

Em organizações e mesmo na escola, costumávamos recompensar as pessoas por saberem fatos, memorizarem fatos e conseguirem se lembrar de fatos. E isto mudou, para todos nós. Temos acesso instantâneo a detalhes, fatos, sempre que precisamos, então agora é a habilidade de entender o que é verdade e o que não é, quando busco informações e então o significado desta informação. Onde eu atuo agora ou como eu atuo nesta informação. Cada vez mais negócios automatizam seus processos. Cada vez mais as coisas vão acontecer de maneira automatizada sem nenhuma intervenção humana. Mas quando um computador não consegue tomar a decisão, isto irá imediatamente para um humano e você quase instantaneamente precisará avaliar o que está acontecendo e criar uma solução para aquele problema o mais rápido possível, mais rápido que um computador. Então nossa habilidade de achar padrões rapidamente e entender rapidamente quais fatos acreditar e qual será o caminho a seguir, é onde precisamos estar e isto é uma característica muito humana que não conseguimos ensinar aos computadores, pelo menos não por enquanto.

Como as pessoas podem balancear a quantidade de informação e a qualidade da informação?

Isto é um problema enorme, mas eu e você fazemos isto todos os dias. Quando estamos no WhatsApp ou no Facebook, vemos todos os tipos de informação. Algumas são verdadeiras e muitas não são. Então habilidades de análise crítica que todos nós desenvolvemos são para filtrar o verdadeiro do falso. Isto, novamente, é muito difícil para computadores fazerem, então pessoas ainda serão necessárias nesta parte do processo. Nós precisamos dos computadores para pegar a vasta quantidade de informação disponível por aí e nos apresentar poucas possibilidades e então é necessária a nossa análise crítica, assim como fazemos no Facebook, quando nossos amigos postam algo estranho, para sermos capazes de entender se é a informação certa ou não. E as pessoas serão necessárias nesta etapa do processo por ainda muito tempo.

Uma vez eu li em um livro que as pessoas deveriam acreditam nas coisas que elas veem, pois torna a vida delas mais fácil. Pois se começarem a analisar tudo e ter dúvidas sobre o que os outros dizem, suas vidas seriam muito difíceis. O que você pensa a respeito?

Eu creio que há muito mais disto acontecendo do que as pessoas realmente percebem, principalmente em plataformas sociais. O que as pessoas estão fazendo com plataformas sociais agora é que agora realmente somos capazes de modelar o pensamento das pessoas e modelar suas crenças, baseado no que você posta no Facebook ou WhatsApp, ou com quem interage. E o motivo por que uma companhia como o Facebook vale 300 bilhões de dólares é pelo conhecimento de como você pensa, e como eu penso, e o que acreditamos é valioso para as pessoas. Então é importante para as pessoas perceberem que aquelas companhias valem o que valem, pois estão modelando nosso modo de pensar e estão tentando mudar nosso modo de pensar. O que significa que a nossa habilidade de sermos críticos do que vemos e o que ouvimos se torna mais importante. Algumas pessoas, como você disse, irão acreditar no que você os disser, mas para muitos de nós vamos achar cada vez mais difícil e precisamos ser cada vez mais desconfiados e cuidadosos com o que vemos e acreditamos.

Como uma companhia pode alavancar o desenvolvimento destas competências, como análise crítica e síntese?

De novo, medidas e recompensas dão às suas pessoas oportunidades para desenvolver estas habilidades, que estão disponíveis de diversas maneiras. Recompense por fazerem e meça-os ao fazerem. Estas são as mesmas ferramentas que as empresas têm usado por décadas, é só aplicá-las para um novo conjunto de habilidades e um novo conjunto de requisitos. Isto é muito difícil para muitas organizações, pois métricas e recompensas é como operamos nossos negócios, mas é aí que a mudança deve acontecer. Tem que acontecer com a liderança e gestão mudando estas crenças fundamentais enquanto ainda têm tempo.

O que você pensa que é mais importante, cursos de estrutura tradicional ou aprendizado formal para desenvolver estas novas competências?

Nossos cérebros são programados de um jeito que aprendemos mais pela experiência do que pela exposição. Então realmente fazemos e estamos envolvidos. E de fato é isso que acontece. Pequenas empresas inovadoras estão fazendo muito mais do que se preparando e estão aprendendo antecipadamente. Então como fazemos a aprendizagem em pequenos eventos mais contextualizada em um dado problema? Porque é assim que vamos fixar melhor. Então é crítico que você precisa de uma base de conhecimento. Você precisa entender de matemática, você precisa entender de ciência da computação ou qualquer outra coisa. Mas é na aplicação no momento de resolver algum problema que leva para as habilidades de análise crítica que estamos procurando. Então você precisa da base de conhecimento que você adquire na universidade, mas a experiência contínua em resolver problemas específicos é como realmente vamos expandir nossos conhecimentos.

Então é aprendizagem experiencial e de uma forma puxada. As pessoas estão tentando resolver problemas e você tem o aprendizado “just-in-time”, exatamente no momento em que precisam.

Como no momento que o problema surge, a resposta pode ser diferente do que cinco minutos atrás. Este é o mundo em que vivemos, a velocidade na qual operamos. E nós costumávamos tocar nossos negócios baseados em regras, se isto acontecer, é isto que você deve fazer e isto não é mais aceitável para nós. Agora, novamente, a resposta que você usa neste instante é diferente do que seria cinco minutos atrás e as regras não valem mais. Dados analíticos nos mostram a coisa certa a fazer, então é um novo conjunto de expectativas e somente seguir as regras não irá trazer as respostas que eu e você demandamos das empresas agora.

Muito obrigado!

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Chris, in a context of the Big Data, what we need to learn is also changing. What are the differences you point out?

In organizations and even in school we used to reward people for knowing facts, memorizing facts and being able to recall facts. And that’s changed, for all of us. We have instant access to details, facts, any time we need them, anywhere we need them, so now it’s the ability to understand what’s true and what’s not, when I look up information and then what’s the meaning of that information. Where do I act or how do I act upon that information. More and more as businesses automate their processes, more and more things will happen in an automated fashion, without any human intervention. But when a computer can’t make the decision it will immediately go to a human and you almost instantaneously have to assess what’s happening and come up with a solution to that problem as quickly as possible, faster than a computer can. So our ability to quickly find patterns and quickly understand which facts to believe in and what the course of action is, is where we need to be and that’s a very human trait that we can’t teach computers, at least not yet.

How could people balance the amount of information and the quality of the information?

This is a huge problem, but you and I do this everyday, when we’re on WhatsApp or Facebook, we see all kinds of information. Some of it’s true, a lot of it isn’t. And so the critical thinking skills that we all take are to filter the true from the not true. This is again something very hard for computers to do, so people will still be involved in that part of the process. We need computers to take the vast amount of information that are out there and present to us a few possibilities and then it takes our critical thinking skills, just like we do on Facebook when our friend posts something strange, to be able to understand if it’s the right information or not and people will need to be in that part of the process for a long time still.

Once I’ve read in a book that people should believe in what they see to make their lives easier. Because if they start to analyze everything and start to have doubts about what people are telling, their lives will be very difficult. What do you think about it?

I think there’s more of that already going on than people necessarily realize, particularly with social platforms. What people are doing with social platforms now is we actually are able to model people’s thinking and model their beliefs, based upon what you post on Facebook or WhatsApp, or who you interact with and the reason that a company like Facebook is worth a third of trillion US Dollars is because of that knowledge of how you think and how I think and what we believe is valuable to people. So it’s important for people to realize that those companies are worth what they’re worth because they are modelling our thinking and are trying to change our thinking. Which means that the ability to be critical of what you see and what you’re told becomes more important. Some people as you say they’ll just believe what you tell them, but for many of us we’re going to find that’s going to be harder and harder and we need to be more and more suspicious or cautious of what we see and what we believe.

How could a company boost the development of these new competencies, like critical thinking and synthesis?

Again, measure and reward give your people opportunities to develop these skills, which are available in many different forms. Reward them for doing it and measure them on doing it. These are the same tools that companies have used for decades, it’s just applying it to a new set of needs and a new set of requirements. That’s very difficult for many organizations because metrics and rewards are how our businesses operate, but that’s where the change has to happen. It has to happen with leadership and management changing these core beliefs of the business while they still have time.

What do you think it’s more important, the traditional structured courses or the formal learning to develop these new competencies?

As our brains are wire so that we learn more from experience than exposure.

OK. Experience!

Yeah. And so that actually doing and being involved and in fact this is what happens. Small Innovative companies are more into doing than preparation and learning ahead. So how do we make learning smaller events more in context for giving problem? Because that’s how we’ll retain it better. So it’s critical that you need a base of understanding. You need to understand mathematics, you need to understand computer science or whatever, but it’s the application in the moment to solve a given problem that leads to the critical thinking skills that we’re looking for. So you need the foundation of knowledge that you might get at the university, but the ongoing experience in solving particular problems is how we really expand our knowledge.

So it’s experiential learning in a pull way. The people are trying to solve problems and you have a just in time learning, exactly in the moment they need.

Because in the moment that the problem comes up the answer might be different than it was five minutes ago. That’s the world we live in, the speed that we operate. And we used to run our businesses on rules, if this happens here’s what you do, and that’s not acceptable to us anymore. Now, again, the answer that you use right now is different than it would have been five minutes ago and rules don’t apply. Analytics tell us what the right thing to do. So it’s a whole new set of expectations and merely following the rules is not going to get the answers that we you and I demand of companies now.

OK. Thank you!

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