Série Leroy Merlin |2 de 6| – Multiplicadores internos

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Olá! Estou aqui com Weber Niza, Diretor de Recursos Humanos da Leroy Merlin, para falar sobre multiplicadores internos. Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.

Weber, qual é o papel do multiplicador na estratégia da Leroy?

O multiplicador é uma das peças mais importante que nós temos. Nós chamamos de multiplicador o nosso formador interno. Hoje nós damos milhares de horas de formação para os quase 10 mil colaboradores da empresa, e praticamente 75% dessa carga horária quem dá são os nossos formadores internos, são os nossos multiplicadores internos.

O papel deles é de executar a estratégia dos treinamentos nas lojas, nas unidades de negócio. E esses multiplicadores internos são atendentes de caixa, assessores de venda, coordenadores comerciais, gerentes de vendas, que tem o interesse generoso de dividir, de compartilhar o seu conhecimento e experiência com seus colegas.

Então, nós identificamos essas pessoas que tem interesse, nós ajudamos essas pessoas a conhecerem em profundidade o tema em que eles vão formar. Então, existe uma formação onde eles aprofundam essa expertise. E depois tem outras formações que ajudam ele a ser um bom trainer, como lidar com a sala de aula, como conversar com as pessoas, como entender um pouco das teorias de aprendizagem para garantir que o conhecimento que ele passe seja absorvido.

O papel do multiplicador é um papel fundamental também porque a empresa é muito grande, nós temos unidades do Sul ao Nordeste, então os multiplicadores nos ajudam a chegar em todos os colaboradores. E também esse papel de multiplicador é um papel absolutamente importante para reconhecer os colaboradores que nos ajudam a manter o nível de conhecimento da empresa.

E como vocês mobilizam e engajam esses multiplicadores?

A mobilização e o engajamento dos multiplicadores são um grande desafio. O papel principal do multiplicador na empresa não é ser multiplicador, é ser atendente de caixa, é ser vendedor, é ser gerente. E ele doa generosamente parte do tempo dele para ser multiplicador. Então, um primeiro quesito de mobilização verdadeiramente é a vontade dele. Então, a nossa capacidade de captar essa vontade é muito importante.

Então nós fazemos uma entrevista com esse candidato à multiplicador para entender porque ele gostaria de fazer isso. Se reconhecemos que ele tem essa vontade o segundo passo é conversar com o líder dele para verificar o quanto o líder dele apoia essa causa. Depois não adianta ter um multiplicador super com vontade e um líder que não acredita nisso e vai tolher o direito, não vai facilitar o dia a dia do multiplicador.

Se o líder dele também é uma pessoa que acredita nessa causa nós vamos para uma terceira fase que é de fazer um teste com esse multiplicador. Então, a grosso modo, dobramos a carga horária do treinamento que ele vai dar e fazemos um processo de train the trainer, e ao final ele recebe feedbacks dos pontos positivos, dos pontos a melhorar e nesse momento fazemos uma pré-validação desse multiplicador.

Depois essa pré-validação vira uma validação final, ele recebe o título de multiplicação de formação, ele recebe o convite para participar de uma comunidade digital, onde ele pode trocar informações, fotos, conhecimentos, insights com os colegas. E o padrinho da área de treinamento, o chefe de projeto acompanha durante o ano a realização das formações.

Meio que no final do ano esse multiplicador tem um feedback da universidade corporativa, que pode ser usado na avaliação de desenvolvimento da carreira desse colaborador. Uma outra coisa que é muito interessante que mobiliza essas pessoas é o feedback dos colegas de trabalho, é o que mais enriquece. Então, muitos assessores de venda e coordenadores comerciais com quem converso dizem: “Para mim não tem preço. A coisa mais importante para mim é o colega vir falar ‘olha, obrigado pelo dia de hoje e obrigado pelos conhecimentos que você compartilhou comigo'”.

Esse reconhecimento pelos pares é uma das coisas mais importantes no processo de engajamento. Apesar de ser um desafio, porque tem a produtividade, tem o dia a dia, tem a operação, tem a missão que cada um faz e generosamente ele doa um pedaço do tempo dele para formar outro.

Falamos do papel dele na organização, o reconhecimento ao desempenhar esse papel. E o aprendiz? Qual é a vantagem dele em aprender com uma pessoa que lida no mesmo contexto?

Isso é maravilhoso, porque nós tínhamos muitos colegas consultores que faziam os treinamentos e apesar de serem pessoas maravilhosas; o aluno, o colaborador olhava para o consultor e pensava: “mas ele não vive o meu dia a dia, ele não entende direito como é, ele não está lá comigo”.

Essa é a grande diferença do multiplicador. Porque o multiplicador é uma pessoa como ele, é uma pessoa que está no front, que está na operação, que vive a realidade com ele, que sofre as dores, que tem os mesmos desafios. Na verdade, o que ele tem na frente dele não é um professor, o que ele tem na frente é um mentor, alguém que talvez tenha uma quilometragem um pouco maior, um pouco mais de história para contar. E essa história para contar vai ajudar esse colaborador, esse aluno, esse aprendiz a fazer melhor o trabalho dele.

Então, o respeito que ele tem é muito maior, a cola é muito maior. E se a cola é muito maior, – somos homens e mulheres de aprendizagem e sabemos disso -, quanto mais a cola é maior, mais fácil é a absorção de conhecimento, mais eficiência e efetividade o treinamento tem. Então, estamos muito felizes com esse papel do multiplicador porque o colaborador, o aluno gosta muito.

Ok, muito obrigado.

De nada, obrigado.

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