Série Parker |3 de 6| – Equipes de alta performance

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Olá, estou aqui com Marcelo Madarász, Diretor de Recursos Humanos da Parker, e agora nós falaremos sobre equipes de alta performance. Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.

Marcelo, me conta um pouco sobre qual era o contexto da Parker quando ela decidiu criar as equipes de alta performance.

As equipes de alta performance estão altamente alinhadas a este novo modelo de cultura, que é muito mais democrático e convida o colaborador a ser protagonista, a ser líder de si mesmo, que é um dos princípios. O líder quase que abre mão do seu papel de poder e se coloca no seu papel de servidor.

E a equipe de alta performance passa a ser semiautônoma, passa a democratizar as decisões. O líder ocupa o papel de líder nesta discussão, mas na discussão seguinte é outra pessoa. É curioso, pois isso exige que o líder trabalhe com o seu ego e com as suas inseguranças também, porque a reflexão acaba sendo “será que eu vou ser dispensável neste novo modelo?”.

E aí é quando você percebe que alguns têm muito medo de perder o poder e outros entendem que o papel deles simplesmente mudou, pois ele vai ser um mentor, ele vai ajudar a tomar algumas decisões, mas não em um papel de “eu tenho o poder e a decisão é minha”, mas “eu contribuo para articular esta discussão, mas a decisão final e o poder são do time, da equipe. ”

E quais são os resultados que você percebeu em relação ao modus operandi anterior e o atual?

É a mesma diferença que você percebe quando alguém se vê obrigado a fazer algo e para ela não faz sentido e quando ela fala que “isto está a serviço de um bem comum e é por isto que este grupo de pessoas está trabalhando”.

Tanto que, por exemplo, quando alguém começa a fazer corpo mole o próprio grupo dá um jeito de corrigir esta conduta ou expelir o elemento, “olha, você não está contribuindo”. É quase que ao invés de ter um líder e dez ou doze colaboradores, você tem dez ou doze líderes, todos atuando como líderes, quase que como aquele negócio fosse deles.

A expressão bonita é ownership. Traduzindo para um ditado popular “é o olho do dono que engorda o gado”. E é como se cada membro desta equipe tomasse o negócio para si. Na hora em que ele toma a decisão ele pensa: “qual é a melhor decisão para o negócio?”.

Por exemplo, agora estamos em um período absolutamente desafiador de crise, de necessidade de customizar e reduzir custos, e eles tomam decisões de, por exemplo, “como eu posso melhorar esse processo para economizar? ”. É um modelo mental completamente diferente, porque ele decide algo como se fosse dele. Este é o convite que o projeto de equipes de alta performance faz. Como você pode ser líder e cuidar disso como se fosse seu. E de fato eles acabam se sentindo proprietários da decisão e da condução do negócio.

Muito obrigado.

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