Série EYU | 5 de 6 | Metodologia ativas

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Olá. Estou aqui com Armando Lourenzo da Universidade Corporativa da EY, e falaremos sobre metodologias ativas na aprendizagem. Eu sou Wagner Cassimiro e esse é o Espresso3.

Armando, primeiro, conceitualmente: por que é importante a utilização de metodologias ativas no processo de aprendizagem?

Olha, quando olhamos pelos séculos, você vai ver que a maneira de se educar as pessoas é praticamente a mesma. Quer dizer, você tem aquele formato de cadeiras de formato escolar, você tem uma pessoa ministrando a aula, um conteúdo que na realidade o participante do treinamento não escolheu, então hoje ele é passivo. E a preocupação talvez seja mais no ensinar do que em qualquer outra coisa.

Só que quando falamos em educação corporativa – e eu vejo que muitas escolas de negócio também estão indo nessa linha – eu falo escolas de negócio porque são as que eu acompanho – você tem que ter a preocupação em ensinar, você tem que ter a preocupação em aprender, quer dizer, não adianta manter só o foco aqui, você tem que ter o foco o aprender, e que esse de fato, esse aprender está ligado à metodologia ativa, e você precisa ter o foco em aplicar. Acho que essa é a grande diferença na educação corporativa: no aplicar. Ou seja, nós precisamos ter um foco muito grande nisso, mas tem que passar pela aprendizagem, tem que passar pelo ensino. Só que as gerações vão mudando, ou seja, então o jovem de 14 anos não é o jovem de 14 anos há 100 anos atrás, e nem vai ser daqui nos próximos 10 anos. O que devemos questionar é: será que um líder hoje, preparado para gerir um jovem de 24 anos no dia de hoje? Será que ele está preparado para gerenciar um jovem com 24 anos daqui 10 anos e que hoje tem 14? Então você vê, porque esse jovem vai ser diferente. Se ele vai ser diferente para ser liderado, vamos dizer assim, ele vai ser diferente também para aprender, e a educação tem que mudar.

Então, na medida que o tempo vai passando, você vai verificando quais são as melhores metodologias. Para as novas gerações hoje, a dispersão talvez fosse o termo mais correto, e acontece muito rapidamente. Ela é muito conectada, o modelo mental da pessoa tem esse tipo de aspecto. Então se você não tiver metodologias que você os envolva no processo de aprendizagem, você não vai conseguir ter um bom resultado no final. Então nós usamos aqui games, por exemplo, muito gamification. E percebemos que quando eles, por exemplo, estão envolvidos nisso, o aprendizado é maior, a aplicação é melhor e o envolvimento também. Então, por exemplo, nós temos um programa de treinamento hoje que a duração dele é de 32 horas. Duas são de aulas expositivas dialogadas, e 30 horas são de game. Então você veja que aí é um facilitador mesmo, a pessoa ela vai entrando, vai facilitando todo o processo de game e eles vão aprendendo quase que sozinhos, mas em grupo, os games são feitos em grupo, são eletrônicos, e como tem games de tabuleiro também, jogos de tabuleiro. Mas sempre esse formato, que eles vão participando.

Então tudo o que nós pudermos fazer com que eles participem ativamente é o que nós estamos realizando hoje. As aulas expositivas elas são importantes, desde que o objetivo do treinamento tenha como foco aquela aula expositiva. A ideia não pode ser assim: aula expositiva depois vê o objetivo. Precisa ter um objetivo e escolhe a melhor estratégia para aquele objetivo. E a aula expositiva é um deles, não pode ser o único. E dentro dessas novas gerações que eu acabei de passar, eu imagino que a metodologia ativa seja pelo menos a mais adequada no meu ponto de vista.

E além do game, quais são as outras práticas que envolvem a aprendizagem ativa?

Por exemplo, nós fazemos construções, como se fosse team building por exemplo, de um aspecto de conhecimento. Então nós estamos trabalhando, por exemplo, gestão de equipes, você está querendo fazer um trabalho de integração de equipes, então você trabalha um team building, por exemplo, para que você faça isso. Mas eles vão construindo. Às vezes você faz o team building social, às vezes você faz um corporativo. Nós estamos trabalhando, por exemplo, com inovação, então quando você faz o trabalho de inovação na área, não é feito uma aula expositiva dizendo o que é inovação. Você já sai, você faz um workshop saindo com um produto concreto, ou um serviço, ou metodologia, ou um processo concreto daquela inovação. Então é o action learning mesmo, ele vai aprendendo, fazendo, e sai com o resultado final. Você tem diversas formas, é o que me ocorre nesse momento, então a figura do facilitador é importante, mas mais nesse processo de facilitar, atuar como consultor interno, atuar como um coach, atuar como uma pessoa mais senior, ajudando as pessoas a aprender. E, sabe, hoje, com a disponibilidade que você tem de informações, os profissionais já têm essas informações, ou seja, a ideia não é a informação que você tem, o importante é o que fazer com essa informação, então o facilitador tem esse objetivo no meu ponto de vista, entre outros. Por isso a metodologia ativa.

Legal. Muito obrigado.

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