Série Gustavo Leme |3 de 3| Crise nos planos de carreira

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Olá! Estou aqui com Gustavo Mancanares Leme e agora vamos falar sobre crise no plano de carreira. Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.

Gustavo, qual é a crise que estamos vivendo no plano de carreira?

Acredito que o plano de carreira induzia as pessoas a não escolherem o caminho, ou seja, o caminho estava desenhado e eu tinha que seguir o caminho. E o mundo em transformação faz com que nós desenhemos o nosso plano de vida, e a empresa pode ajudar, ou não, nessa conquista do plano de vida.

Por exemplo, eu estava conversando com um jovem que disse que a meta dele é morar na Europa e que ele está escolhendo empresas que possibilitem esse plano de vida. Por consequência se ele escolher trabalhar em uma empresa do segmento bancário ele irá aprender mais sobre bancos, em uma consultoria serão projetos diversos, mas o plano dele é morar na Europa. Então ele irá escolher caminhos e espaços organizacionais para que este plano dele de vida seja viável.

Eu acredito que dentro das organizações nós temos que estimular mais isso. Fala-se que a nova geração não é muito apegada às culturas das empresas, que tem uma mobilidade, um propósito muito forte. Eu acredito no inverso, eles têm isso e nós temos isso. Talvez a nossa geração abriu mão desse plano de vida em função de estar empregado e esses novos jovens não irão abrir mão do propósito de vida para estar em uma empresa que não atende.

Então, é saber que iremos ter pessoas que irão ter em um curto espaço de tempo nas empresas, mas irão fazer revoluções, e outras que terão muito tempo, mas não irão fazer grandes revoluções, e saber respeitar isso e estimular que as pessoas tenham pelo menos começo, meio e fim nas organizações e com isso amarrar mais a vida e a carreira.

Nós estávamos conversando e às vezes vamos para o cinema e estamos trabalhando ou se divertindo? Os insights são gerados assistindo um filme, ou nós projetamos ele na nossa vida profissional e na vida pessoal. A vida e a carreira para mim estão muito misturadas.

E dentro desse assunto, quais as recomendações que você teria para passar tanto para as organizações quanto para as pessoas?

Com relação a isso é ter um tempo de reflexão para você ter mais clareza do que você quer. É difícil quando temos 20 anos de imaginar o que nós queremos com 60. Mas é interessante de pensar num horizonte de um, ou dois anos.

O meu propósito é viajar? Estudar? Crescer na carreira? Ter uma condição de vida e uma moradia melhor? E em função disto, ir projetando o que eu preciso. Preciso ganhar mais conhecimento? Preciso ter mobilidade na empresa? Preciso desenvolver meu idioma? E com base nesta vida se conectar com as pessoas e instituições que vão possibilitar esse crescimento.

Ok, muito obrigado!

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