Você conhece as boas práticas para formatar melhores ações de educação a distância? Olá, eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.
A primeira boa prática é adotar o conteúdo certo, parece óbvio, mas não é. Precisamos selecionar o conteúdo adequado, relevante, interessante e completo, mas sem cometer exageros. Para defini-lo temos que no momento da análise consultar os especialistas no assunto e avaliar a necessidade real de nosso público-alvo. Ah, não esqueça de envolve-los ao longo do processo de design para aprimorar constantemente a compreensão do conteúdo.
A segunda boa prática é promover um forte alinhamento entre os objetivos de aprendizagem e os objetivos de negócios. Os indivíduos precisam ter clareza dos reais impactos esperados e seus benefícios para se dedicarem genuinamente à ação educacional.
Em terceiro temos a interatividade verdadeira. Elearning não é um passador de power point, precisamos colocar a cabeça de nossos aprendizes para pensar. E isso vai desde um simples quizz, até complexos simuladores. Temos que tirar vantagem deste ambiente virtual que possibilita o “erro seguro” e o feedback imediato. Portanto, encontre maneiras de inserir menos conteúdo e mais oportunidades de prática.
Nossa quarta boa prática é a valorização da experiência e isso significa otimizar a entrega do que os aprendizes precisam no menor tempo possível, preferencialmente de forma agradável. Assim não devemos ser nem muito sérios e chatos, tampouco exageradamente prazeroso e descompromissado.
A quinta boa prática é evite distrações. Efeitos pirotécnicos, recursos especiais em excesso, tiram a atenção do essencial. Os recursos das ferramentas autorais estão lá para serem utilizados caso contribuam para o processo de aprendizagem.
Útil no trabalho é a nossa sexta boa prática. A ação educacional a distância deve estar conectada com o trabalho para facilitar a aplicação dos conhecimentos. Job aids, infográficos, resumos e outros recursos que sintetizam o conteúdo devem ser disponibilizados para contribuir na fixação dos conhecimentos.
Poderoso feedback é nossa sétima boa prática. Lembre-se que o aprendiz está sozinho realizando um elearning e não tem a quem recorrer caso tenha dúvidas, portanto seja muito claro e didático. Por exemplo, nas interações não diga apenas “você errou”, ajude-o a compreender o erro e caminhar para a resposta certa.
A oitava boa prática é oferecer avaliações válidas. Ao final de uma experiência educacional a distância é natural que os conhecimentos sejam avaliados. Mensure realmente o que é importante e atente-se ao alcance dos objetivos de aprendizagem. Tenha em mente que os objetivos de aprendizagem mais complexos que envolvem competências dificilmente serão alcançados por meros testes de conhecimento.
Usabilidade é a nona boa prática. A interação com o objeto educacional deve ser a mais natural e fácil possível, portanto não o faça pensar nisso. Caso o aprendiz ficar confuso na navegação, ou mesmo não saber aonde clicar, provavelmente ficará irritado, fechará a página e nunca mais voltará.
Por fim, temos o follow-up integrado. A ação educacional a distância sozinha não faz verão. Ou seja, ela isolada não garante a entrega de performance esperada. No momento em que o aprendiz se torna confiante em aplicar os novos conhecimentos deve-se oferecer apoio real externo. Envolva seus gestores imediatos e colegas mais experientes no assunto e torne-os coaches para ajuda-lo a consolidar a nova competência.
Bem, espero que as boas práticas tenham sido úteis. Tenha-as em mente quando for desenhar sua próxima ação educacional a distância.
Inspirado em: Rosenberg (2011)