Série vloggers corporativos educacionais |2 de 3| – Funcionamento do vlog

Compartilhe!

Olá pessoal! Continuaremos o nosso cafezinho especial com Paulo Machado e Ricardo dos Santos e agora exploraremos como funciona na prática um vlog corporativo educacional. Eu sou o Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.

Ricardo, como vocês planejam e elaboram o conteúdo?

[Ricardo] Olha, Wagner, tudo parte da necessidade que identificamos do público. Dependendo da rotina de trabalho, dependendo do foco de atuação desses profissionais, nós conseguimos definir e elaborar esse roteiro. Claro, existe toda uma equipe por trás disso, nós somos as pessoas que estão à frente das câmeras, mas nós temos uma equipe de pessoas que são fundamentais e importantes também, para em conjunto construir esse roteiro e para que se desenvolva uma lógica de aprendizado. No meu caso, funciona mais ou menos dessa forma.

E você Paulo, como funciona lá na Cacau Show?

[Paulo] Na Cacau trabalhamos da seguinte forma: temos nossas áreas, nossos clientes internos, que é comercial, marketing, trading e outras áreas, esses por sua vez nos procuram com uma demanda, nos dão o briefing e aí nós construímos todo o roteiro, todas as falas, sempre se preocupando com a questão andragógica. Outro norte que nós temos é o seguinte, nos nossos treinamentos presenciais nós trabalhamos muito com simulações e nessas simulações nós acabamos encontrando alguns gaps. Lógico que são sanados dentro de sala, mas para maximizar essa orientação nós construímos esses vídeos. O EaD também nos dá indicadores, indicadores de visualização, a própria avaliação e os comentários, e esses comentários acabam trazendo mais insights para outros conteúdos.

E como vocês escoam essa produção para que chegue lá na ponta?

[Paulo] Nós trabalhamos pela plataforma EaD. Mas também via Facebook ou até mesmo WhatsApp, quando é um aviso, uma sensibilização para um conteúdo presencial. Mas quando é uma orientação, um ensino mesmo, ela ocorre pela plataforma EaD. Por quê? Porque é onde eu consigo mensurar os conteúdos que eu coloco. Então para mim, o melhor meio é a plataforma EaD, é ali que eu consigo olhar que está legal, se a avaliação foi baixa, se a avaliação foi alta, se o índice de visualização está legal, os comentários que estão vindo são comentários pertinentes. Então, muito pela plataforma EaD.

Você citou o Facebook e mídias abertas, mas não tem restrição de conteúdo?

[Paulo] Quando é um aviso, uma chamada para o conteúdo, por exemplo, uma chamada para um treinamento presencial. Porque como damos muito treinamento em diversos locais no Brasil, eu acabo tendo muito um relacionamento com essas pessoas e com os nossos parceiros, eu tenho eles na minha rede social. Lógico que o aviso não vai falar de questões técnicas, mas é uma sensibilização para um evento, para uma convenção, ou até mesmo um treinamento presencial trazendo a chamada, com algum bordão, com alguma coisa engraçada, aí sim temos autorização para trabalhar por meio das redes sociais.

E Ricardo, como funciona essa distribuição de conteúdo na Atento?

[Ricardo] Em linhas gerais não foge muito do formato que o Paulo mencionou. Temos também uma plataforma, semelhante ao que acontece na Cacau, lá na Atento nós também temos uma plataforma onde conseguimos disponibilizar esse conteúdo em EaD da mesma maneira. Nós conseguimos mensurar o número de visualizações, geração de relatórios e isso também vai servir de subsídio, como falamos na questão anterior para desenvolvermos novos conteúdos e novos treinamentos. A linha é muito semelhante, porque afinal de contas, nós entendemos que a partir do momento que eu tenho aquele público e eu identifico esses gaps eu preciso trazer isso de uma forma acessível. Não posso colocar em uma ferramenta que seja difícil, de difícil acesso, existem todas essas questões de política de segurança também, e principalmente na Atento trabalhamos isso com muita seriedade. Por exemplo, não são todos os sites, todas as redes sociais e mídias sociais que são liberadas, por uma questão de política de segurança da própria empresa. Então nós temos uma plataforma que é restrita aos profissionais da Atento, no primeiro momento, e claro que a tendência é de que isso venha a evoluir para mídias sociais que são abertas, mas em um primeiro momento, como nossos módulos e nossos conteúdos são mais restritos trabalhamos em uma ferramenta própria para profissionais da Atento.

E como você foi selecionado? Qual é o perfil ideal desse vloggeiro?

[Ricardo] Eu acredito que é a espontaneidade, eu acredito que este é um ponto crucial, você precisa ser muito espontâneo, a coisa precisa fluir de uma maneira muito natural, não pode ser engessada. O mesmo formato que você utiliza em sala, acho que o Paulo tem uma característica semelhante à minha, eu sou muito espontâneo em sala, brincamos muito. Claro que na hora de falar sério, vamos falar sério, o conteúdo precisa ser passado, mas sempre trazendo o bom humor. Eu acho que isso de você transportar esse formato em sala que tem dado certo. Há muito tempo que eu trabalho com isso, que tem dado certo. Então eu vou transformar isso, vou transportar isso para o vídeo. Então, não precisa ser uma coisa diferente, não precisa ser uma coisa Cid Moreira, não precisa ser uma coisa telejornal, bancada de jornal, porque aí fica maçante, fica chato. Uma coisa mais despoja, repito, o que as pessoas querem ver hoje é isso, uma coisa bem-humorada e que traga um conceito, que traga um conteúdo.

Algo que você gostaria de complementar, Paulo?

[Paulo] Eu complemento com a questão que o Ricardo trouxe da espontaneidade. Eu considero o seguinte: no momento em que eu estou na frente das câmeras é como se eu estivesse em uma sala de treinamento. Lógico que em um primeiro momento em que você começa a construir os vídeos, você tem um certo desconforto. Na sala você tem uma pessoa que já te dá o feedback pelo semblante. E muito pautado sempre em resultado, quais são os porquês desse conteúdo? Quais são os resultados que eu quero alavancar além do conhecimento? Nós falamos do resultado propriamente da venda. Então eu considero isso também como um perfil ideal no momento em que você está construindo os vídeos.

[Ricardo] É, tem que gerar empatia.

É quase uma audiência, né.

[Ricardo] Exatamente, é um princípio básico, inclusive, da própria venda. Nós trabalhamos com temas semelhantes no caso especifico de hoje, para um consumidor comprar um produto ele precisa comprar o vendedor também. De certa forma tem que haver uma simpatia, tem que haver uma empatia. Se de repente o vlogger não gerar essa simpatia, essa empatia, o recado vai acabar sendo passado com certo ruído, “não gostei muito daquele vídeo. Esse vídeo é mais legal”. Porque normalmente a pessoa que está assistindo precisa comprar a pessoa que está conduzindo. Acho que isso é um ponto importante.

Muito obrigado Ricardo, muito obrigado Paulo. E não percam a continuidade dessa entrevista. Até mais!

Compartilhe!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *