Série Guilherme Marback |2 de 3| – Cultura organizacional e nacional

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Olá retomamos aqui com o Guilherme Marback, um especialista em cultura organizacional, e agora falaremos como as organizações podem aplicar esta pesquisa de valores. Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3!

Agora Guilherme, em termos práticos, como as organizações podem usufruir dos resultados da pesquisa de valores?

Veja, a cultura organizacional é o resultado daquilo que os líderes acreditam e valorizam. O que se encontra como cultura da organização e que está exposto em suas normas, procedimentos, símbolos, artefatos, em todo seu sistema de consequência, no tempo foi construído pelo legado dos líderes do passado, assim como pelos valores dos líderes do presente.

Quando nós avaliamos quais são os valores que estão presentes nos indivíduos da organização versus aquilo que eles reconhecem na cultura atual e o que eles imaginam como sendo o ideal para uma cultura desejada, uma cultura do futuro, a gente consegue informações riquíssimas a respeito de como este indivíduo se sente em relação aos seus valores dentro desta organização.

Quanto mais próximo isto estiver, quanto mais alinhados os valores dos indivíduos estiverem com os valores da organização, mais você encontra estreito nível de engajamento das pessoas, mais forte são as culturas, melhores serão os resultados.

Então, do ponto de vista prático, as organizações cuidarem dos seus valores significa conduzir a sua organização para obter melhores resultados e a beleza disto é que é através da satisfação e do engajamento das pessoas.

E você poderia dar um exemplo de uma organização transnacional que conseguiu exercer esta atividade?

Sim, esta pergunta é muito boa, porque na realidade o valor é mais profundo, é uma informação que motiva e mobiliza e que é muito mais profundo do que as práticas efetivas.

Na realidade, quando, por exemplo, comparamos valores com crenças, qual é a diferença entre uma coisa e outra. Então por exemplo, se colocássemos clérigos de diversas religiões sentados juntos, eles teriam crenças diferentes, mas nos valores eles seriam quase iguais, muito próximos. Então embora tenhamos as culturas nacionais e que você percebe isto em diferentes países, é importante que você identifique como é que você vai dar a interpretação e o significado daqueles valores, que são os valores estruturantes de uma transnacional, associando isto ao que são os valores e crenças locais.

O mais importante disto é quando você dá clareza, quando você reforça a transparência de quais são efetivamente os significados para que você consiga aproximar a cultura regional, as culturas dos países, com o que é a cultura da organização e isto é perfeitamente possível.

E há um mix sobre qual prepondera: a cultura nacional ou a organizacional?

Naturalmente que a cultura nacional tem uma grande influência. Um indivíduo que está ali ele é norteado, ele é movimentado pela cultura nacional, ele nasceu neste país, claro, isto está muito presente. Mas as culturas organizacionais têm uma grande força e normalmente quando você seleciona as pessoas e ao mesmo tempo quando as pessoas se sentem atraídas para uma organização, isto já acontece de uma certa forma trazendo para próximo do que é a cultura organizacional. Eles são selecionados porque compartilham de valores que são os valores muito próximos do que é a cultura organizacional.

O mais relevante disto na realidade não é nem exatamente qual delas prepondera, mas o mais relevante disto é que uma organizacional transnacional reconheça exatamente quais são os traços de cultura nacional do país que está operando para que consiga fazer as devidas adaptações de interpretação e de significado da sua própria cultura organizacional aproveitando o que há de melhor para engajar as pessoas desta cultura de onde ela opera.

Então os executivos que estão operando transnacionalmente com as suas organizações e que querem colocar efetivamente as suas culturas, eles têm que estar muito conscientes do que são as características e as culturas locais para conseguir encontrar um match disto daí e produzir os melhores resultados sem violentar, digamos assim, a cultura da região, ou da nação e ao mesmo sem descaracterizar o que é a sua cultura organizacional.

OK! Muito Obrigado!

E não percam a terceira parte desta entrevista com o Guilherme Marback. Muito obrigado!

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