Ciclo de Aprendizagem Experiencial de Pfeiffer e Jones

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Você sabe como colher o máximo das experiências em suas capacitações? Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.

Influenciados pelas teorias e pelo ciclo de aprendizagem de Kolb, Pfeiffer e Jones desenvolveram o Ciclo de Aprendizagem Experiencial em meados da década de 1980.

Diferentemente das abordagens tradicionais de capacitação que introduzem primeiro a teoria e depois promovem a prática como, por exemplo, o modelo ROPES, o Ciclo de Aprendizagem Experiencial inverte esta lógica, tornando a experiência o ponto de partida e a fonte principal para se construir novos significados.

O Ciclo de Aprendizagem Experiencial é mais alinhado com os princípios da andragogia, pois torna o adulto o protagonista do processo, integra experiências passadas e atuais, traz o problema e o contexto como parte da aprendizagem e estimula a aplicação imediata do que foi aprendido. Sem contar, que torna a aprendizagem mais personalizada, pois cada participante pode extrair da experiência aquilo que lhe é de maior interesse e está alinhado ao seu nível de compreensão, extrapolando o que foi inicialmente definido como objetivos de aprendizagem.

O Ciclo de Aprendizagem Experiencial é composto por cinco estágios. Com exceção do primeiro, todos os estágios trazem questões norteadoras para que os facilitadores guiem o processo de aprendizagem.

O primeiro estágio é a Experiência (Experiencing). Neste momento, os participantes vivenciam e exploram a experiência em si. Eles podem desempenhar uma atividade, tentar resolver um problema, ou atuar em algum papel que possa replicar ou representar eventos reais. Estas vivências servirão de insumos para extrair conhecimentos, habilidades ou despertar para a mudança de atitude. Neste momento, o facilitador oferece nenhuma ou pouca assistência aos participantes.

O segundo estágio é o Relato (Publishing). Após a experiências, os participantes vão compartilhar suas observações e suas reações emocionais para explicitar o que ocorreu e colocar todos na mesma página, equalizando assim a compreensão. O facilitador conduzirá questões como: O que aconteceu? O que você observou? Como você se sentiu? O que foi mais fácil? O que foi mais difícil?

O terceiro estágio é o Processamento (Processing). Aqui, os participantes analisarão, refletirão e discutirão a dinâmica e os fatos vivenciados na experiência. O facilitador deverá perguntar: Quais foram os problemas? Por que isso aconteceu? O que você faria de diferente? 

O quarto estágio é a Generalização (Generalizing). Os participantes identificarão semelhanças relacionadas a aplicações pessoais e em seu trabalho. Durante o esclarecimento da atividade, o facilitador conduzirá as seguintes questões: Como isso se relaciona com seu trabalho, ou com você? Por que isso é importante para você? Como isso ajudou a compreender sobre o assunto que estamos abordando? O que você aprendeu com esta atividade?

Por fim, o quinto estágio é a Aplicação (Applying). Este momento contribui para que as generalizações sejam transferidas para outras situações e para a rotina dos participantes. Assim, cada pessoa elaborará um plano de aprendizagem para colocar o conhecimento em prática, ou mesmo acompanhar a mudança comportamental para que ela ocorra de fato. O facilitador guiará o processo com as seguintes questões: O que você extraiu desta conversa? O que você fará de diferente como resultado desta experiência? Como você vai transferir o que você aprendeu para seu ambiente de trabalho? Como isso pode te ajudar no futuro? O que vem depois?

É válido ressaltar que podemos extrapolar o momento da sala de aula, considerando a experiência uma atividade prévia e também promovendo o acompanhamento da mudança comportamental após a interação presencial. A experiência precisa ser muito bem planejada para que seja marcante, significativa, contextualizada e que permita trabalhar todos os objetivos com bastante riqueza e persuasão.

Além disso, os facilitadores precisam ser bastante preparados, sobretudo para terem um papel de guia do processo, evitando verbalizar os aprendizados antes que os participantes cheguem por eles mesmos às conclusões esperadas.

Gostou do cafezinho de hoje? Então, explore mais nossa seção do nosso canal sobre Aprendizagem e Design Educacional. Tem muita coisa interessante para você se aprofundar neste assunto. Até mais!

Ciclo de Aprendizagem Experiencial de Pfeiffer e Jones - Espresso3 - Wagner Cassimiro

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