O mantra da educação corporativa

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Você tem alguma frase que você considera seu mantra na educação corporativa? Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3!

Stolovitch e Keeps, autores do livro best seller “Telling ain’t Training”, disponível em português com o título “Informar não é treinamento”, criaram um mantra para ser seguido por todos os instrutores, facilitadores e analistas de educação corporativa:

“Centrado no aprendiz, baseado em desempenho”

Este é o mantra que deveria ser reproduzido diariamente até jamais ser esquecido. Sua proposta é de sempre termos em mente de que qualquer solução de aprendizagem deve ter seu desenho e aplicação respeitando duas ideias centrais. 

Primero, deve priorizar a experiência do aprendiz, considerando seus conhecimentos prévios, preferências de aprendizagem, fatores emocionais, ambiente, entre diversos outros elementos. Segundo, deve ter boa parte do tempo dedicado a prática e o foco no atingimento dos objetivos de desempenho.

Estas duas ideias combatem três dos principais vícios da capacitação que não traz resultados: o excesso de conteúdo, a abordagem passiva do aprendiz e a pouca aplicabilidade e transferência para a prática dos novos conhecimentos.

Embora bastante completo, fazemos aqui uma proposta de aprimoramento deste mantra. Em nosso ponto de vista poderíamos ter a seguinte nova versão: 

“Focado em resultado, baseado em desempenho e centrado no aprendiz”

A primeira alteração é a inclusão do “Focado em resultado”, pois considera que toda solução visa atender a um objetivo organizacional. Também, em sua solução outros fatores que vão além da aprendizagem devem ser contemplados para se realmente impactar positivamente na mudança desejada. Além disso, deve contar com a verificação e o monitoramento dos impactos, caso contrário será apenas um evento desconectado da estratégia e da gestão da organização.

A segunda alteração é na ordem dos fatores, que sim alteram o produto da ação. Desta forma, antes de tudo colocamos o “Focado em resultados” para adicionar a lógica de que a capacitação deve ser concebida a partir de um diagnóstico de negócio, seguida da análise do desempenho, da aprendizagem e do aprendiz, conforme já apresentamos na série: Diagnóstico de Necessidades de Aprendizagem.

Assim, evitamos um dos principais erros no design de aprendizagem, que é pular a etapa de análise e ir direto ao início da construção da solução.

Para memorizar este mantra, sugiro que o repita diariamente e compartilhe com sua equipe. Se possível escreva na primeira página do seu caderno, ou no fundo de tela do seu computador para estar bem visível: “Focado em resultado, baseado em desempenho e centrado no aprendiz”.

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