Será que o papel de designer instrucional vai acabar? Olá, eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.
A transformação digital tem proporcionado mudanças no mercado de trabalho, extinguindo antigas posições e criando novos campos de atuação. Desta forma, as profissões e as ocupações estão se reinventando, exigindo das pessoas novas competências e trazendo desafios de upskilling.
Na área de TI, por exemplo, o tradicional analista de dados foi expandido em termos de complexidade de atribuições e responsabilidades para o título de engenheiro de dados e até de cientista de dados.
Não diferentemente, a transformação digital da indústria da educação formal e não-formal, incluindo aqui as ações corporativas de treinamento e desenvolvimento, está repaginando suas posições.
A tradicional figura do designer instrucional – profissional responsável pelo desenho, desenvolvimento e entrega de produtos e experiências de aprendizagem digitais e físicas -, está ganhando um novo termo relacionado, o de engenheiro da aprendizagem, do inglês learning engineer.
Historicamente, este nome não é recente, foi usado pela primeira vez há mais de 50 anos, em 1967, pelo nobel e especialista em inteligência artificial Herbert Simon da Universidade de Carnegie Mellon. Para ele, este seria um novo domínio da aprendizagem, cujo propósito da profissão seria em auxiliar os professores a intensificarem os resultados da aprendizagem.
Segundo o ICICLE, a engenharia da aprendizagem é o processo e a prática que aplica a ciência da aprendizagem utilizando metodologias de design centrado no humano e tomada de decisões baseada em dados para ajudar o aprendiz e o seu desenvolvimento.
Comparando este termo com os demais utilizados na área, poderíamos simplificar suas diferenças. O termo mais clássico, design instrucional – DI -, está mais focado no conteúdo e no currículo. O termo mais contemporâneo, design de aprendizagem ou design de experiência de aprendizagem – LXD -, como seu próprio nome diz está mais focado na experiência de aprendizagem. Já o engenheiro da aprendizagem está mais focado nos dados e na tecnologia.
A representação dos três é sobreposta, pois todos os termos adotam os mesmos fundamentos da ciência da aprendizagem, assim como adotam a tecnologia em diferentes proporções.
Por outro lado, algumas das competências são bastante diferentes. No caso do engenheiro da aprendizagem, observamos mais a aprendizagem analítica, a inteligência artificial e o domínio de inúmeras tecnologias, como a aprendizagem adaptativa e a realidade virtual, aumentada e mista.
Independentemente de como você denomina esta importante posição, a expansão das capacidades é inevitável. O simples domínio de ferramentas autorais e de plataformas de aprendizagem não garantirá o emprego deste profissional por muito tempo. Certamente quem for capaz de se atualizar terá oportunidades de crescimento de carreira e empregabilidade!
E você? Você já planejou seu plano de desenvolvimento para navegar na era da transformação digital? No canal Espresso3 você poderá encontrar diversos tópicos relacionados ao seu desafio! Até mais!