As diferenças entre formação e desenvolvimento

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Você sabe quais as diferenças entre “formação” e “desenvolvimento”? Olá, eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.

No mundo corporativo, algumas organizações estão utilizando sem discernimento as palavras “formação” e “desenvolvimento”. Embora comumente utilizadas como sinônimas, o uso inadequado resultará em baixa eficiência e efetividade das ações empregadas, adotando estímulos e abordagens incoerentes.

Neste cafezinho veremos as principais diferenças e quando devemos adotar cada uma.

A palavra “formação” vem do ato ou efeito de formar, moldar e constituir. Em outras palavras, conduzimos ações para que uma pessoa venha a exercer uma atividade ou posição existente. O exemplo mais prático é a formação funcional para que um recém contratado atenda às expectativas de entrega da posição na operação ou no comercial. 

A palavra “desenvolver” tem seu prefixo latino “des” que remete à negação, oposição ou privação. Assim, “desenvolver” significa tirar o envolvimento para que uma pessoa possa crescer, aumentar e progredir. O exemplo mais claro é o desenvolvimento da liderança em que possibilitamos o crescimento do líder de uma maneira geral. Buscamos assim, a sua evolução para que ele atinja um patamar superior, ou que mesmo esteja apto ao próximo estágio.

Enquanto que “formação” enxerga tarefas no curto prazo, “desenvolvimento” vislumbra o crescimento no médio e no longo prazo. Enquanto que “formação” é geralmente uma ação pontual voltada para que a pessoa ocupe o espaço da cadeira que ela está, “desenvolvimento” é um esforço contínuo para que a pessoa expanda e transcenda esta cadeira atual e possa crescer na carreira.

Isto posto, já deu para perceber que a abordagem e as diretrizes a serem adotadas são bem diferentes. 

Na “formação”, as atividades em geral são obrigatórias, mais introdutórias e visam o desempenho. Os comportamentos e as entregas são verificáveis e podem ser medidos por indicadores de performance.

No “desenvolvimento”, as ações em geral são eletivas, diversificadas e visam uma construção de uma competência mais ampla. Em contrapartida da “formação”, os comportamentos são difíceis de serem verificados e medidos.

Além disso, na “formação”, os caminhos são mais previsíveis e padronizados. No “desenvolvimento”, os caminhos são inúmeros, não lineares e diferentes para cada indivíduo.

Em termos de diretrizes, na “formação” é possível estabelecer uma expectativa de desempenho e acompanhar no período probatório o atendimento desta expectativa, sendo mais exigente quanto ao seu resultado. Já no “desenvolvimento”, o protagonismo e a vontade em aprender é da pessoa e cabe à organização prover os recursos e as experiências para que ela vivencie e, ao mesmo tempo, cultive valores positivos em relação à aprendizagem. 

Enfim, não existe uma melhor, nem uma pior. Tampouco uma mais tradicional, ou outra mais contemporânea. Uma grande organização precisa utilizar as duas em diferentes proporções, e esta proporção é muito influenciada pelo seu turnover.

Se a rotatividade for elevada, provavelmente a “formação” será mais intensa. Se a rotatividade for baixa e houver encarreiramento interno, provavelmente o “desenvolvimento” será a prioridade da organização.

Lógico, que a formação é mais adequada para posições da atividade-fim da organização. No contexto atual, em que muitas posições corporativas são definidas após a contratação da pessoa, espera-se que ela construa suas entregas e se desenvolva continuamente.

Agora que você compreendeu as diferenças entre “formação” e “desenvolvimento”, verifique em seu portfolio se não só os termos, mas as abordagens e as diretrizes estão apropriadas para obter o melhor resultado.

Gostou? Então, compartilhe este cafezinho com todos os seus colegas do trabalho e discuta melhorias a serem implementadas. Até mais!

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