Você sabe como escolher o melhor gamification para sua ação educacional? Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.
Antes de começar é importante que você tenha realizado um bom diagnóstico educacional e realizado um bom desdobramento dos objetivos educacionais. Sem isso, é impossível classificar a natureza do conhecimento a ser trabalhado. Vamos lá!
Quando a finalidade é memorizar fatos, características e terminologias, os conhecimentos declarativos, o ideal seria o uso de jogos que permitam a organização, associação e a repetição. Estou falando daqueles jogos em que temos que conectar informações da coluna A para a B, dos jogos da memória, dos quizzes simples e até do jogo da forca, se a ênfase for a memorização apenas.
Quando a finalidade é compreender conceitos, podemos utilizar jogos que permitam a classificação, comparação de exemplos e metáforas. A experienciação também é um excelente modo, podemos por exemplo ensinar o conceito de “trade off” a partir de uma partida de SimCity, afinal o recurso é limitado e uma decisão de investimento anula a outra.
Quando a finalidade é compreender diretrizes, devemos explorar sobretudo o aspecto das regras dos jogos, dos exemplos e do role play. Jogos de tabuleiro e simuladores de trabalho são um bom exemplo, a cada ação haverá uma consequência e isso ajudará na compreensão do acerto e do erro.
Quando a finalidade é compreender procedimentos, o conhecimento processual, temos que explorar o passo a passo das atividades para se alcançar o produto alcançado, explicando suas razões e o contexto de sua operação. Elementos dos jogos que devem ser adicionados são a demonstração, tutoriais para a compreensão do “como”.
Aqui é importante mencionar que quizzes e jogos simples são incapazes de desenvolver conhecimentos de maior complexidade.
Quando a finalidade é desenvolver soft skills, como trabalho em equipe e liderança, utilizamos jogos com interações sociais, analogias e role play. Aqui ganham destaque os jogos tipo Multiplayer online, como Call of Duty, em que times se confrontam em uma guerra e os membros podem se comunicar entre si e montar táticas de combate.
Quando a finalidade é no campo das atitudes, valores, crenças e emoções, o domínio afetivo, utilizamos sobretudo elementos da imersão na história e de heróis. No jogo “Darfur is dying”, em que ajudamos refugiados a fugirem de milícias, tomamos partido no mundo real da causa do genocídio no Sudão. No jogo “Dumb ways to die”, em que vivenciamos personagens que morrem de forma besta, temos a ampliação do valor da segurança quando andamos de metrô. No aplicativo NikePlus, quando passamos de nível, uma celebridade do esporte nos parabeniza! E isso é totalmente recompensador!
Por fim, quando a finalidade é físico-motora, demonstrações e práticas são os principais elementos a serem explorados. Nos diversos jogos e simuladores de cirurgia existentes, médicos e estudantes aprimoram sua precisão motora. Também, pilotos de drones nas forças armadas aprimoram sua capacidade motora por meio dos jogos dinâmicos e simuladores aéreos.
Viram, para cada tipo de conhecimento a ser desenvolvido, existe um elemento de Gamification mais apropriado!
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Inspirado no livro: The gamification of learning and instruction. Karl M. Kapp (2012)
2 comentários sobre “Como escolher o melhor gamification para sua ação educacional”
Caro Wagner, parabenizo o excelente artigo. Estamos diante do desafio de criar um jogo sobre fotossíntese em estilo Role Play. Seu artigo nos gerou discussões e abriu nossa mente que ainda estava fechada.
Abraços. Nossa equipe de professores agradece.
Olá Adriano, como vai? Fico contente que tenha sido útil a vocês! Há outros conteúdos sobre gamification disponíveis na categoria “Aprendizagem e design educacional”. Boa sorte!