Concentrar ou fracionar o conteúdo?

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O que você acha melhor: 4h de conteúdo consumidos de uma vez ou 4h de conteúdo consumidos em momentos espaçados? Olá, eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.

Se observarmos do ponto de vista da aprendizagem, a resposta mais apropriada é fracionar o bloco de conteúdo em mais de uma atividade de aprendizagem. Mas, por que isso?

Bem, nossa capacidade de retenção é prejudicada com o excesso de informações, assim quanto mais conteúdo, maior será o esquecimento. Dividir o conteúdo, contribuirá mais para a aprendizagem, pois o espaçamento, o resgate ativo e o fato de intercalarmos outras experiências contribuem para formação da memória de longo prazo. Estas são as três estratégias-chave do livro “Make it stick”, já abordado no canal.

Além disso, pela Taxonomia de Bloom, sem a memorização, a compreensão ficará prejudicada. E sem a compreensão, a aplicação dificilmente acontecerá.

Quando aprendemos ou estudamos, a palavra-chave é consistência. Em outras palavras, é melhor aprender um pouco a cada dia do que muito de vez em quando. Isso é válido também para a leitura, afinal é melhor ler um capítulo por dia e se colocar questões a serem respondidas do que ler o mesmo livro em um único dia e fechá-lo logo em seguida.

Esta mesma lógica também se aplica para outras situações da nossa vida, como fazer exercícios e emagrecer. Afinal, não existem milagres, os resultados surgem apenas com disciplina e dedicação.

Entretanto, essa regra não se aplica a tudo. Temos algumas exceções. Afinal, nem tudo é possível de ser fragmentado. Vamos explorar algumas delas.

Atrapalha o encadeamento ou o clímax

Quando atrapalha o encadeamento ou o clímax. Por exemplo, quando estamos explorando aspectos sensíveis em uma mudança de crenças e comportamentos, dificilmente poderemos parar, pois a janela da desconstrução está sendo criada para se introduzir o novo. Assim, o aquecimento é preciso e não pode ser interrompido.

Custos onerosos para ser fragmentado

Outra exceção é quando o formato adotado acarretar custos onerosos para ser fragmentado. Em eventos presenciais que envolvem deslocamento, as imersões de dias inteiros fazem sentido para compensar as despesas logísticas. Mas lógico, este é um raciocínio do ponto de vista do investimento e retorno.

Urgência em promover a mudança

Quando há urgência em promover a mudança. Nem tudo pode esperar a melhor forma de se aprender. Por exemplo, uma nova política comercial, um lançamento de um novo produto, entre outros. Neste caso, o ótimo é o inimigo do bom. Logo é mais válido trazer o conteúdo para frente e na sequência remediar com suporte e orientação, do que perder o compasso com a necessidade da realidade.

Disciplina dos participantes

Por último, quando não há disciplina dos participantes. Às vezes o grupo que participa não tem maturidade suficiente para se comprometer com encontros ou manter a regularidade de participação. Neste caso, até mesmo o conteúdo concentrado será pouco efetivo, porém de certa forma ao menos será oferecido.

Enfim, as tendências de microlearning e da aprendizagem síncrona online possibilitam o melhor alinhamento com as teorias que proporcionam melhores formas em aprender. Precisamos compreender também que a visão centrada na conveniência de quem organiza a atividade precisa ceder espaço para uma visão centrada no participante e em sua experiência de aprendizagem.

E você? Busque repensar e redesenhar suas atividades de aprendizagem para proporcionar mais efetividade, porém sendo realista a cada situação. Assine o canal Espresso3 e acompanhe as novas publicações. Até mais!

Resumo da aula sobre Concentrar ou fracionar o conteúdo?

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