Olá, voltamos a falar com Américo Garbuio, especialista em gestão de pessoas e agora vamos falar da relação da consultoria interna de Recursos Humanos com o tema educação corporativa.
Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.
Américo, qual é a interação do consultor interno de RH com o tema educação corporativa?
Dentro do modelo, da minha visão, vencedor de consultoria interna, é total. É total porque educação corporativa o que traz como grande entrega olhando para o negócio? Que ela tenha conteúdos e que ela tenha escolas e temas que apoiem o crescimento e desenvolvimento do negócio e das pessoas que estão dentro do negócio. Um consultor interno que atua dentro da área de negócio tem uma ligação completamente direta e efetiva com a área de educação corporativa porque a área de educação corporativa vai trazer técnicas, conteúdos e metodologia para apoiar a sua atuação dentro do seu cliente e atender as necessidades de desenvolvimento, de crescimento, de alcance de resultados do seu cliente.
Veja também a área de consultoria interna como uma área importantíssima no processo de construção de conteúdos, de trazer discussões para dentro da área de educação corporativa. Olhando uma boa prática, nós já falamos sobre isso algumas vezes, é que os gestores de negócio, os donos das áreas de negócio sejam patrocinadores, inclusive responsáveis por algumas escolas que têm a ver com seu negócio. Se eu tenho uma sinergia entre a área de negócio e a construção de temas e das escolas o meu cliente é responsável por este conteúdo.
Então, eu, como consultor interno, estou dentro deste processo de construção contribuindo, trazendo inputs, recebendo informações da área de negócio, participando da estratégia da área de negócio e levando isso como um processo de desenvolvimento dentro dos conteúdos da escola. Isso é algo que, também, vai dentro de uma linha de um ciclo. Pode ser que neste ano os grandes desafios que temos para uma determinada escola, que representa um consultor interno, não sejam os desafios do ano que vem, ou estes desafios sejam diferentes e o papel do BP é fundamental. Não só no sentido de trazer estas informações, de ajudar no processo de construção e, principalmente, garantir que aquele conteúdo, aquela trilha, aquilo que for construído seja aplicado dentro da sua área cliente.
Então ele atua no diagnóstico, no design e desenvolvimento e tem um papel na avaliação também?
Também. Eu vejo isso muito próximo no sentido de ele tendo este conhecimento, ele fez o diagnóstico, ele trabalhou no conteúdo, ele entende as necessidades do cliente, ele está apto a perceber qual é o impacto dessa avaliação. Qual é o impacto do crescimento e do desenvolvimento, seja na qualificação dos líderes ou das pessoas que fazem parte área que ele atua, mas o quanto isso também é representativo no resultado final. No resultado da área de negócio. Evidente que, dentro da educação corporativa, os conteúdos que estão sendo trabalhados têm indicadores que vão levar o negócio para objetivos. São indicadores de negócio. Medir a aderência, medir o desenvolvimento, isso não vai só trazer resultados na atuação dele, na atuação da área de RH, na atuação do gestor, mas na atuação da própria área. É o consultor interno desempenhando este papel garantindo um apoio à área especialista, garantindo a estratégia de RH e contribuindo para o alcance da estratégia da própria área.
E o que o especialista, ou melhor, o responsável da área de Educação Corporativa poderia fazer para potencializar o papel do Business Partner no tema Educação Corporativa?
Ele poderia ter uma atenção muito grande no processo de desenvolvimento deste profissional, se nós estamos falando do BP olhando para dentro da Educação Corporativa, olhando pelo olhar de negócio, é importante que o responsável pela educação corporativa possa trazer elementos, trazer conhecimento e qualificação para a atuação deste BP. Quanto este BP precisa ao longo do tempo se qualificar pelos novos desafios.
Eu vejo que uma das responsabilidades do responsável pela educação corporativa é também zelar pelo desenvolvimento do BP. É trazer mais ferramentas, trazer maior maturidade, trazer maior portfólio para este profissional, não só trabalhar melhor no cliente, mas entender, também, muito bem o que a educação corporativa está colocando a disposição.
Ou seja, não é mais viável deixar ele sozinho lá na ponta do cliente?
Não! O deixar ele sozinho pode trazer vários aspectos negativos neste processo. O primeiro, pode gerar estresse ao profissional. Pode ser que ele não dê conta de tudo isto, não pelo ponto de vista do trabalho, mas pelo ponto de vista do conhecimento, do entendimento. Se essa ponta é uma ponta que tem uma dificuldade, gera um processo de fraqueza, os resultados vão ser prejudicados. O ponto de apoio, de desenvolver, não manter este profissional sozinho em tempo nenhum, isso vai garantir que ele possa desempenhar bem o trabalho e que, também, trazendo eu como exemplo de alguém que esteja na educação corporativa, se tenho alguém que está junto do cliente, não está qualificado, ou tem alguma fragilidade, muito provavelmente não virá para minha área tudo aquilo que é necessário para que eu possa fazer melhor o meu trabalho e trazer a melhor entrega.
É um organismo Wagner. Isto está inteiramente ligado. Quando nós avaliamos de uma forma segmentada, cada um vai estar olhando o seu quadrado e isso não vai gerar uma sinergia enquanto trabalho em equipe, enquanto resultado coletivo e isso prejudica, limita o resultado e limita o processo de crescimento da área.
Muito obrigado!
Por nada!