Olá! Voltamos aqui com Christiane da IBM, nós vamos falar sobre cultura de aprendizagem na organização. Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.
Chris, por que falar em cultura de aprendizagem nas organizações?
Porque este tema está muito na moda simplesmente porque a quantidade de conteúdo disponível nunca foi tão grande quanto os que temos hoje em dia. E porque o mundo está aprendendo as coisas com muito mais rapidez. A velocidade das coisas tem sido muito grande nos últimos anos. Aquela famosa curva de Moore que é a disponibilização de tecnologia para a sociedade tem promovido isso.
E como o ser humano lida com tudo isto? Difícil! Bem difícil, ainda mais porque o nosso modelo mental de aprendizado foi criado, estimulado em escolas que não estão preparadas para este mundo.
Nós fomos criados para responder perguntas e não para fazer as perguntas. Fomos criados, estimulados a passar nas provas e não a aprender. Tudo isto, na hora que chega no mundo novo, onde você tem que criar inovar, ser disruptivo, trabalhar com diferentes tecnologias, é difícil.
Tem um estudo interessante, que gosto de mencionar, do Fórum Econômico Mundial, que diz que em 2022 para um profissional ficar relevante na matéria que ele é relevante, ele precisará de 100 dias no ano para se recapacitar, porque a velocidade das coisas está realmente exorbitante.
Em uma empresa de tecnologia isto é ainda mais crítico porque o que vendemos é isto. O que vendemos hoje é diferente do que vendíamos e entregávamos há 5 anos e vai ser diferente do que vou vender e entregar daqui 5 anos. Você ter uma cultura que estimule o indivíduo a aprender o tempo todo se faz necessária. Caso contrário, este profissional não tem como continuar relevante na organização futura.
Agora, trazendo este assunto para termos mais concretos, quais são as práticas da IBM para suportar uma cultura de aprendizagem?
A cultura passa por diversos âmbitos. Uma prática que temos, que estimula esta cultura, criamos a plataforma que se chama YourLearning, que usa Inteligência Artificial, que personaliza o conhecimento. Se me conecto a esta plataforma, ela vai saber que eu sou a Christiane, que estou na posição que estou e que já fiz uma série de projetos e cursos e que tenho este conhecimento e me estimula a aprender coisas coerentes com minha posição, coerente com aquilo que já fiz e coerente com meu interesse.
Nós brincamos que é como um Netflix do desenvolvimento, porque é bem personalizado. Não faz sentido estimular o conteúdo de uma maneira homogênea para todos, porque as pessoas são diferentes, as pessoas aprendem de maneira diferente. Se eu me conecto mais com vídeos e você se conecta mais lendo livros, talvez esta seja a melhor maneira de aprender, eu com vídeos e você com livros. Nós usamos bastante esta plataforma. Ela é bastante engajadora, que estimula o funcionário a estar sempre recorrendo aos conteúdos. Tem conteúdo interno e conteúdo externo.
Além disto, sabemos que uma plataforma não muda a cultura. A plataforma é um meio e não o fim. Estimulamos muito que as pessoas aprendam umas com as outras. Sabemos que ensinar é a melhor forma de aprender. Quando ensinamos nós aprendemos mais, estudamos mais, se aprofunda mais.
Nós temos diversas interações para estimular esta dinâmica. O último foi o que chamamos de um festival Learnapalooza, que estimulou rock stars, especialista de algumas áreas a dividir o conteúdo que eles sabem com os outros funcionários. É uma maneira de estimular esta troca e uma cultura contínua de aprendizado.
Muito obrigada!