Desafios e ações para atrair e desenvolver os talentos digitais

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O que sua organização está fazendo para atrair e desenvolver os talentos para a transformação digital? Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.

Em 2018, a PwC publicou a nova edição da sua pesquisa 21st CEO Survey, que anualmente coleta respostas em diversos temas com o principal líder da organização em diversos países.

Quando o assunto é talento, 4 a cada 5 CEOs estão preocupados com a disponibilidade de habilidades críticas para o sucesso de sua empresa no mundo digital. E este número só vem crescendo, em 2011 apenas 56% deles tinham esta preocupação; já em 2018, chegou a 80%, sendo que os respondentes que assinalaram a alternativa “altamente preocupado” passou de 31% em 2017 para 38% em 2018.

Ao passo que as competências e os desafios corporativos vão ficando mais complexos, as universidades formam profissionais com mais lacunas em relação às expectativas das organizações. Preencher uma vaga de emprego para um talento digital não é algo fácil, mesmo com altos níveis de desemprego. Por conta disso, a metade dos CEOs respondentes destacou a dificuldade em atrair talentos digitais.

E se a demanda por talentos digitais é maior do que a oferta, 59% dos CEOs estão preocupados com os eventuais gastos adicionais na folha para atrair este profissional. E como solução, pretendem investir mais em programas de estágios para ter os talentos digitais antes e poder desenvolvê-los internamente na organização, pelo menos esta é a ideia para 67% dos CEOS.

Além disso, a pesquisa avaliou algumas práticas para atrair e desenvolver estes talentos digitais. Conforme apresentado no gráfico, a principal ação das organizações é a “Modernização do ambiente de trabalho”, assinalada por 86% dos executivos. As grandes empresas buscam se apresentar menos sisudas e hierárquicas, com um ambiente mais informal e de maior autonomia, visto que são as descoladas startups que brilham os olhos dos talentos digitais.

A segunda principal ação, assinalada por 85% dos CEOs, é a “Implementação de programas contínuos de aprendizagem e desenvolvimento”. Mais do que uma relação transacional “trabalho por salário”, os talentos digitais buscam oportunidades de desenvolvimento não só por programas de treinamentos estruturados, como também toda uma cultura de aprendizagem que incentiva e valoriza o compartilhamento e a colaboração no ambiente de trabalho.

Outras ações citadas que também apresentaram um bom score foram: “Parcerias com provedores externos”, “Aprimoramento dos pacotes de compensação”, “Implementação de trabalho flexível”, “Terceirização para provedores externos” e “Mudança na percepção da marca”.

As três ações menos citadas foram “Realocação das operações próximas aos celeiros de talentos”, “Mudança de dress code” e “Trabalho com instituições de ensino”.

Se a demografia da força de trabalho muda, se a tecnologia muda, se a competição do negócio também muda, é claro que o RH também será alvo de transformações. Assim, 60% dos CEOs estão repensando a função de suas áreas de recursos humanos para reposicionar a estratégia de pessoas para a era digital.

E para o RH ser o protagonista da mudança e não o objeto passivo da mudança, o relatório aponta 5 recomendações:

 

  1. Dar aos empregados clareza sobre o que a automação e a inteligência artificial significam para eles. A organização precisa comunicar com franqueza e brevidade como o digital irá impactar o futuro do trabalho na organização, estimulando a reciclagem dos colaboradores que terão suas posições impactadas.
  2. Focar em habilidades que as pessoas possuem, não apenas nos trabalhos que elas fazem. De certa forma, as pessoas terão menos rotinas e mais desafios constantes. Neste cenário, elas precisarão constantemente mapear as competências necessárias pela organização no futuro e promover as ações de desenvolvimento.
  3. Tomar o controle da requalificação. O RH não pode ficar aguardando sentado que as instituições e os provedores promovam a requalificação. Ele deve ter uma estratégia clara de Aprendizagem e Desenvolvimento (L&D) para cobrir as lacunas de habilidades requeridas pela organização.
  4. Proporcionar a melhor experiência de trabalho. A opinião a respeito de um empregador influencia bastante a atração de talentos digitais, logo a organização deve analisar e aprimorar todos os pontos de contatos do recrutamento à aposentadoria, ou ao desligamento, do colaborador, proporcionando satisfação em todas as interações.
  5. Proporcionar transparência para obter confiança. A comunicação e a disponibilidade de informações influenciam o talento digital, logo a organização precisa estruturar e oferecer acesso a sua estratégia e políticas, bem como o impacto do negócio na sociedade para que o colaborador avalie o alinhamento de propósito e de valores pessoais com o da organização.

E você? Está preparado para repensar o RH de sua empresa para atrair e desenvolver os talentos digitais, ou irá perder espaço nesta corrida da transformação digital?

Compartilhe este cafezinho com sua equipe e discuta com seus colegas como estas transformações impactarão sua área e sua organização. Até mais!

Fonte: PwC ‘s 21st CEO Survey, Talent, 2018.

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