Série EYU | 3 de 6 | O fim do emprego 

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Olá! Voltamos aqui com Armando Lourenzo da EY e agora nós vamos falar sobre o fim do emprego. Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3. 

Armando, chegamos ao final do emprego, ou não? 

Não! 

Nós estamos em uma mudança muito grande. Hoje, quando olhamos, por exemplo, as pesquisas mostram para nós, que em 2025 devemos ganhar mais 133 milhões de empregos globalmente e perder 75 milhões, o que dá um superávit de 58 milhões. 

Quando olhamos este superávit, poxa vão sobrar 58 milhões de empregos, mas na realidade, quais serão estes empregos? Se você percebe pela pesquisa da ONU, a maior parte das crianças que entraram em 2017 nas escolas, em torno de 69% vão trabalhar em profissões que não conhecemos hoje, estes 58 milhões de empregos não serão de profissões que conhecemos.  

A pergunta é, será que estamos preparados para isto? Sem dúvida nenhuma, com a digitalização dos negócios, os empregos irão diminuir. O que vai ter mais trabalho. Tendo menos emprego não significa que a pessoa não irá trabalhar. A relação dela com a empresa será diferente, é uma relação, também, de prestadora de serviço.  

Hoje, competências que você tem na empresa, que você desenvolve, liderança, gestão de equipes, mais a questão de soft skills e técnicas, não serão suficientes para o mundo de trabalho. Porque no mundo de trabalho você precisa aprender a fechar negócio, você precisa aprender a vender, você precisa aprender a negociar, você precisa aprender a se relacionar com o cliente, que hoje na empresa, quem desenvolve essas competências são as pessoas da área comercial. Mas qualquer pessoa na empresa poderá se vincular em uma outra organização em um futuro muito breve, sobretudo com as novas formas de contratação, como se ele fosse “você S/A”. Ele está mudando a conotação até.  

O emprego vai diminuir sem dúvida nenhuma, não haverá emprego para todos, mas haverá trabalho. Nesta mudança de emprego para trabalho a pessoa precisa pensar que as competências que ela tem para se relacionar como empregado vão ser bem diferentes ao se relacionar como trabalho. 

Como uma pessoa pode prosperar? 

Neste cenário? 

Neste cenário. 

Este foi um ponto chave. 

Na realidade, o que estou vendo neste cenário, você pega por exemplo tecnologia. Você tem um site, que é o Nômade Virtual que as pessoas se conectam, vêm ofertas de trabalho e começam a prestar serviços para várias organizações em qualquer lugar do mundo, sobretudo ligado à tecnologia.  

Agora veja, você ter esta oferta de trabalho não dá para imaginar que isto será sempre, para a vida toda. A pessoa tem que aprender a questão técnica, o que ela vai oferecer para a empresa, seja de tecnologia ou não, mas ela precisa se desenvolver nas soft skills, isso eu acho que vai fazer a diferença.  

É como se você é um autônomo. Você vai ter uma profissão liberal. Você abre um consultório, por exemplo, se você não tem cliente, o que adianta você ser um bom técnico? Nada. Você não tem cliente. Este é o problema. Você é um médico, você tem um bom consultório, se você não tem o paciente, você não tem o cliente, não resolve. Você é um psicólogo, se você não tem o cliente, também não resolve, por mais que você seja um excelente profissional. A pessoa precisa desenvolver estas qualificações.  

Neste cenário do trabalho isso vai acirrar mais, porque você vai ter mais pessoas envolvidas neste tipo de ambiente. 

Agora a mesma pergunta, só que para as organizações:como as organizações vão prosperar com esta relação de trabalho? 

Bom, elas vão porque a forma de contratação vai mudar. Hoje quando você vai contratar, por exemplo, o trabalho intermitente ou você vai contratar uma pessoa por um tempo curto, pegando bem a nossa área que é treinamento, hoje você faz o treinamento pensando em uma trilha de aprendizagem para uma pessoa que vai ficar muito tempo, mas essa pessoa pode ficar um mês. Você vai ter que repensar a sua maneira de treinar, de remunerar, de avaliar... 

De certificar. 

De tudo! Porque na realidade você vai ter pessoas que vão trabalhar com relacionamentos distintos. Ou seja, a nossa maneira de pensar tem que ser diferente. Por isso a competência que chamamos de learning agility, que é essa capacidade que você tem de aprender continuamente, sempre de maneira ágil, tem que fazer presente. 

Muito obrigado! 

De nada! 

No próximo bloco falaremos sobre desenvolvimento da liderança. Até mais! 

Resumo da entrevista com Armando Lourenzo sobre O fim do emprego 

 

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