Você sabe como determinar a flexibilidade em suas trilhas de aprendizagem? Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.
Para esta questão, basearei a resposta em cima de um modelo criado por Jay Cross que faz analogia de três tipos de aprendizagem com meios de transporte: o ônibus, o carro e a bicicleta.
No ônibus, o aprendiz é conduzido por um motorista ao longo da trilha juntamente com outros passageiros. Ele vai sentado observando e acompanhando sua trajetória, sem muita autonomia, até o final quando chega ao seu destino.
Aqui, temos os novatos. Para eles a trilha será mais rígida e linear. Sua jornada será bastante padronizada e com muitas ações educacionais obrigatórias. O aprendiz é guiado em caminhos definidos pela área de educação.
Tomemos o exemplo de um atendente recém-contratado. Como ele não conhece muito bem a organização, muito menos a sua nova função, basicamente ele precisará percorrer todas as ações educacionais prescritas na trilha de aprendizagem de forma linear e em conjunto com os demais contratados.
No carro, o aprendiz guia sua própria trajetória. Ele define qual caminho vai seguir, podendo ser orientado por um GPS, ou mesmo por um copiloto. Ele toma as próprias decisões para chegar ao destino que ele mesmo definiu, ou lhe foi recomendado.
Aqui, temos os experientes. Para eles a trilha será mais flexível, opcional e com autoinscrição, afinal o aprendiz tem maturidade e autonomia para selecionar as ações educacionais de seu interesse e de sua necessidade, bem como a ordem preferencial para incluir em sua jornada de aprendizagem.
Como exemplo, temos um analista de crédito que já domina sua função. Suas competências dominadas encurtarão sua passagem ao longo da trilha. Assim, participará de desafios que tragam novos conhecimentos e possibilitem novas competências, ou em patamares de complexidade mais elevados.
Por fim, na bicicleta, o aprendiz não possui limites ou fronteiras. Conhece muito bem os detalhes e as vias da cidade, mesmo sem GPS. Desbrava e explora novos terrenos onde ainda ninguém pisou e é capaz de orientar com riqueza de detalhes os mais inexperientes.
Aqui, temos os especialistas. Para eles a trilha não é necessária, pois percorre sua própria jornada fora da trilha. Domina todo o conteúdo e aprende construindo novos conhecimentos e contribuindo no processo de aprendizagem das demais pessoas.
Imaginem um engenheiro sênior que contribuiu na instalação de uma unidade fabril décadas atrás. Que tipo de contribuição uma trilha técnica poderia ajudá-lo? É mais provável que ele ajude na construção das ações educacionais da trilha e compartilhe seu conhecimento. Afinal, ele consegue diagnosticar uma máquina, somente pelo barulho que ela emite.
Antes de finalizar, a flexibilidade também é influenciada por algumas variáveis, como escala, tempo e cultura organizacional.
Quanto maior o número de pessoas a percorrerem a trilha, maior poderá ser sua flexibilidade, já que provavelmente teremos mais recursos financeiros para desenvolver novas opções de ações educacionais. O tempo influencia na flexibilidade nos dois sentidos, já que trilhas mais antigas podem tanto ter mais ações educacionais opcionais, quanto ter menos, se forem otimizadas ao longo do tempo. Por fim, algumas culturas organizacionais permitem mais autonomia e protagonismo, enquanto que outras são mais impositivas e restritoras.
De ônibus, de carro, ou de bicicleta. Não importa! Vá correndo no site do Espresso3 pegar o seu mais novo cafezinho!