Make it stick: 3 Estratégias-chave

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Conhecimento, aprendizagem, memória, esquecimento… Afinal.. Como podemos aprender a aprender? Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.

Continuando nossa série sobre como combater o esquecimento, nos próximos dois vídeos apresentaremos oito estratégias de aprendizagem que podem ser adotadas pelas pessoas que queiram intensificar sua capacidade de aprendizado, ou mesmo servir de orientação para que educadores e organizações proporcionem caminhos mais eficientes e eficazes na aprendizagem.

Estas estratégias fazem parte do livro “Make it Stick”, dos especialistas em aprendizagem e memória Roediger e McDaniel, que juntamente com o jornalista Brown, trazem conhecimentos sobre a área de maneira didática e cientificamente comprovada.

Infelizmente, não fomos preparados a estudar eficientemente. Como exemplo, o reestudo, ou a releitura, é uma estratégia adotada por 80% dos universitários e que impacta menos na memorização se comparada com outras estratégias que veremos em breve, trazendo benefícios somente no curto prazo. Além do muito trabalho em vão, o reestudo traz uma percepção falsa de compreensão, um autoengano, pois familiaridade com o conteúdo não é igual a domínio do conhecimento!

Os autores sugerem então diversas estratégias mais eficientes, e nesse vídeo vamos abordar o que eles consideram como as três estratégias-chave!

A primeira estratégia é a prática da recuperação, que significa o autoquestionamento. Em termos práticos, por exemplo, seria fazer uma pausa na leitura e fazer uma questão a si mesmo sobre o conteúdo. A contínua recuperação da memória contribui para a memorização duradoura, pois a cada resgate a informação é reconsolidada, fortalecendo assim seus traços e melhor integrando-a com os conhecimentos prévios e novos.

Para educadores, a recomendação é evitar o excesso de exposição de novos conteúdos. E sim intercalar a exposição com a promoção da recuperação da memória por meio de testes, exercícios e questões.

A segunda estratégia é a prática espaçada, que significa criar intervalos no processo de recuperação. Assim, ao invés de criar um momento de prática intensiva, espaçá-la ao longo do tempo adotando, por exemplo, flashcards, que seriam cartões com perguntas de um lado e respostas do outro. A cada prática, teremos que refrescar nossa memória e focar nos conteúdos que esquecemos, ampliando assim nossa retenção no longo prazo. Enfim, vale mais estudar um pouco a cada dia do que tudo de uma única vez.

Para educadores, a recomendação é evitar concentrar todos os esforços em um evento único, mas sim pensar na aprendizagem em ondas, com mais de uma prática ao longo do tempo e direcionando os esforços nas lacunas percebidas a cada intervalo.

A terceira estratégia é a prática intercalada, que significa variar problemas que resgatam diferentes soluções. A aprendizagem combinada com assuntos e estratégias de aprendizagem diferentes estimula a pessoa a reconhecer o tipo de problema e selecionar a solução certa, preparando a pessoa para lidar melhor com as situações do mundo real. Caso contrário, a prática especializada e repetitiva em um único bloco de conhecimento geraria uma momentânea e falsa sensação de um melhor desempenho didático.

Para educadores, a recomendação é mesclar problemas para estimular a identificação e a discriminação de soluções.

Recuperar, espaçar e intercalar. Essas são as principais ações que devemos focar ao criar a nossa estratégia de aprendizagem eficiente. Aproveite esse cafezinho então para colocar essas ações em prática, aplicando-as a esse próprio conteúdo! E não perca na próxima semana as cinco estratégias complementares que fecham essa metodologia (técnica) de aprendizado!

Até mais!

 

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