Série Via Varejo |4 de 6| – Microlearning na prática

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Voltamos a conversar com Paulo e João da Via Varejo e o assunto agora é microlearning na prática. Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.

João, o Paulo havia mencionado em outro cafezinho a importância de termos conteúdos cada vez mais enxutos. Por que a Via Varejo decidiu trabalhar neste formato mais breve?

Quando olhamos hoje para o varejo, temos milhares de produtos comercializados nas nossas lojas e a dispersão geográfica é gigantesca com o volume de colaboradores que temos. Então, atingirmos todos os colaboradores com conteúdos extensivos não tenderia a nossa necessidade. Precisávamos de conteúdos mais rápidos e pockets para facilitar o entendimento e conseguirmos distribuir para todos os colaboradores.

[Paulo] Wagner, nós aprendemos ao longo do tempo que as pessoas têm atenção por um período muito curto. Nó sempre tentamos pegar a essência da mensagem e colocar ela em no máximo 2 ou 3 minutos ou em um pedaço muito curto de um formulário, de um card, como disponibilizamos. Porque as pessoas usam isto na hora que convém e muitas vezes é um minutinho entre uma atividade e outra que ele consegue fazer uma consulta. Se for algo muito extenso ele começa, não termina e acaba tendo menos valor. Fomos aprendendo isto ao longo da jornada.

De certa forma, em um formato tradicional, tiraríamos todo mundo das lojas, colocaríamos em uma sala de treinamento e deixando, inclusive, a operação defasada. Com micro conteúdos conseguimos colocar isto lá na ponta, à disposição deles. Mas na prática, como funciona esta disponibilidade, este acesso a estes conteúdos?

Nós temos um aplicativo que chamamos de Via App. O Via App está integrado o próprio bot, que é uma das formas que conseguimos disponibilizar o conteúdo, ou seja, disponibilizamos o conteúdo específico para aquele colaborador. Nós temos também a parte de notificação que é de forma massiva. Identificamos um grupo de colaboradores que precisam daquele tipo de conteúdo. E ele, também, conta com a galeria, que tem mais de 1.500 conteúdos que ele pode acessar como ele bem entender.

[Paulo] Mas, Wagner, você fez um ponto que é fundamental. Hoje o modelo tradicional de educação você tira as pessoas para um conteúdo extenso onde cada um aproveita uma parte daquele conteúdo. O grande diferencial da solução construída aqui é que entregamos conteúdo pequenos que têm a ver com o gap de cada um. 

Tem toda uma análise de dados qual a oportunidade do Wagner, do João e nós entregamos para cada um deles um conteúdo diferente, curto e direto. Objetivo e relacionado ao que é o ponto de desenvolvimento de cada um. Isso economiza tempo, faz com que o aprendizado seja rápido e faz com que a pessoa queira, cada vez mais, consumir aquele conteúdo. 

Óbvio que tem lá a galeria, como o João disse, que é ampla, extensa, democrática, está para todos utilizarem, assim como você tem estes aplicativos de vídeo, conteúdo super bem organizado. Mas em cada interação que o bot faz com cada colaborador, além dele mostrar que tem uma oportunidade para ele aprender, ele já coloca junto um conteúdo específico e curto que produz um desenvolvimento rápido dentro do tempo que cada um dispõe.

Em relação a esta abordagem de microlearning, o que vocês têm escutado das pessoas em relação à reação, feedback etc.?

Nós temos algumas formas de identificar quais são os melhores conteúdos. Uma delas é a audiência sobre estes conteúdos, tanto por mensagem que vemos quem realmente acessou e consumiu este conteúdo, quanto acesso à galeria. Outra forma, também, que temos é entendendo com pesquisas. Nós enviamos pesquisas para estes colaboradores perguntando sobre o conteúdo e eles nos respondem. 

Temos uma outra forma que é em loco, nós trazemos o colaborador para cá, simulamos a utilização destes conteúdos e pegamos feedback para saber como está indo ou não, se estamos indo no caminho certo.

[Paulo] Como a Dani comentou antes, o aplicativo está em constante evolução. Nós temos trabalho junto com os nossos parceiros para criar maneiras distintas de cada usuário poder avaliar cada conteúdo, para que tenhamos ali um processo de curadoria e de avaliação constante. Isso faz com que possamos, cada vez mais, aperfeiçoar a maneira e a qualidade das mensagens que estamos entregando.

Paulo, você tem um blog que você publica com muita frequência para toda a força comercial. O que você escuta quando vai nas lojas ou mesmo no seu canal de interação sobre estas tecnologias?

Eu escuto, hoje, comentários muito positivos. No começo tínhamos preocupação de como a Evva ia ser recebida, que é o personagem que está dentro do aplicativo. De como ela ia ser recebida pelo time. Hoje o time lida com muito carinho e já estão dando sugestões. Fizemos um encontro com um grupo de colaboradores que são heavy users que agora são os embaixadores do aplicativo, da Evva. Eles nos ajudam a aperfeiçoar e fazer com que seja uma solução para eles cada dia melhor. O objetivo é que seja bom, útil e de muito valor para cada uma das pessoas do nosso time.

Muito obrigado!

Bem na continuidade desta entrevista falaremos sobre a produção do microlearning.

Resumo da quarta entrevista da Série da Via Varejo - Microlearning na prática

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