O LMS do futuro

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Você já imaginou como serão os LMSs do futuro? Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.

Em outubro de 2016, a Bersin by Deloitte publicou o relatório “HR Technology Disruptions for 2017”. Nele apresentou nove grandes tendências que impactarão o mercado de provedores de soluções tecnológicas para recursos humanos em um futuro breve.

Especificamente sobre educação corporativa, teremos importantes transformações que impactarão a forma como utilizamos as ferramentas tecnológicas no suporte ao processo de aprendizagem, os famosos LMSs.

Antes de apresentar as quatro maiores transformações no LMS do futuro, é importante compreender as mudanças que vem ocorrendo nas práticas educacionais dentro das organizações.

O tradicional treinamento conduzido por instrutor vem perdendo volume. Passou de 77% em 2009 para 32% em 2015. Presença em queda, mas relevância em alta, já que mudaram sua abordagem. Deixaram de ser limitados à exposição passiva de conteúdo e passaram a proporcionar experiências de aprendizagem mais ricas, mais práticas e mais hibridas.

Uma parte do seu volume foi migrado para o virtual por meio ferramentas de webconferência, videoconferências e webinars que possibilitam aprendizagem síncrona a baixos custos. Sua participação cresceu nos últimos 6 anos, passando de tímidos 4% para 13%.

Outra parte, sobretudo a que remete ao conteúdo, foi adaptada, otimizada e migrada para recursos online de autoestudo, principalmente em formatos de vídeo em detrimento aos tradicionais conteúdos estáticos. Sua representação passou de 10% em 2009 para 26% em 2015. E é neste ponto em que as principais transformações no LMS do futuro se concentram.

Por fim, temos o crescimento da aprendizagem on-the-job e da colaboração que passaram respectivamente de 4% e 5%, em 2009, para 15% e 13%, em 2016.

Desta forma, apresentaremos as quatro maiores transformações nas ferramentas LMS.

A primeira reforça os recursos online de autoestudo, já que as novas plataformas de experiências de aprendizagem serão mais abertas, agregarão conteúdo externo e promoverão a curadoria de conteúdo. Isso facilitará a vida do usuário, que não precisará gastar tempo buscando conteúdo em diversas plataformas separadas. Também, estas ferramentas individualizarão sua aprendizagem e aprimorarão sua experiência como um todo. Como exemplos das novas plataformas, temos a Pathgather e a Degreed.

A segunda é o foco na aprendizagem por meio de vídeos. As plataformas vão parecer mais um youtube do que um catálogo de cursos. Terão características de descentralização da autoria do conteúdo, farão recomendações de novos vídeos, oferecerão busca otimizada e funcionarão em todos os tipos de aparelhos. O compartilhamento de conhecimento na organização ocorrerá sobretudo por meio dos vídeos e de fóruns associados a eles.

A terceira é a inteligência dos sistemas de aprendizagem. As plataformas adaptativas recomendarão conteúdos na hora em que você precisar, aonde você estiver e na dosagem ideal, utilizando formatos de microlearning e abordagens gamificadas. Seu diferencial será a integração com soluções de suporte ao desempenho. Como exemplo destas plataformas temos a Axonify e a Knolskape.

A quarta é a maior integração das plataformas de aprendizagem no trabalho. Hoje estes mundos são bastante apartados, no futuro o desafio será integrar cada vez mais seus objetos educacionais nos processos organizacionais, proporcionando uma aprendizagem que evolui alinhada com o trabalho. Além disso, possibilitará maior colaboração entre as pessoas.

Hoje temos mais de 200 ferramentas de LMS disponíveis, certamente todos terão que rever seus produtos e se atualizar rapidamente, pois a cada dia surgem novos players com soluções mais inovadoras. Quem não acompanhar sumirá do mercado.

Por fim, precisamos lembrar que essas são apenas ferramentas, de nada adianta a inovação se as organizações consumidoras não mudarem a forma como pensam e constroem soluções educacionais e também se as pessoas não assumirem o protagonismo do seu desenvolvimento.

E você, já está preparado para acompanhar essas transformações? Siga o Espresso3 e saiba como! Até mais!

Fonte: HR Technology Disruptions for 2017. Bersin by Deloitte

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