O LMS do futuro 2 – As plataformas abertas

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Continuando nossa reflexão sobre o LMS do futuro, como será uma plataforma aberta? Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.

Antes de tudo, não faz muito sentido uma organização incentivar o autodesenvolvimento e ao mesmo tempo bloquear acesso aos portais educacionais e ao youtube. Também, não é compreensível uma pessoa buscar se desenvolver apenas com os conteúdos restritos ao catálogo oferecido por uma organização. Por fim, seria reinventar a roda uma organização produzir por si mesma um objeto educacional genérico, sendo que o conteúdo já existe com mais qualidade em outro lugar.

Quando falamos que o LMS do futuro será aberto, ele atuará como um portal que agregará em um só lugar tanto os conteúdos internos, quanto os dos principais Mooc’s disponíveis, como o Coursera, Udacity, Lynda e edX. Também, trará conteúdos de outros portais específicos que são fontes reconhecidas de geração de conhecimento. Além disso, abrirá campo para um verdadeiro marketplace de soluções educacionais envolvendo as instituições de ensino, editoras, fornecedores de conteúdo e também as próprias universidades corporativas.

Além destas funcionalidades, podemos destacar os seguintes diferenciais.

Primeiro, o sistema será capaz de reunir todas estas fontes de forma organizada, estruturada e de fácil acesso. Sua taxonomia e usabilidade privilegiarão uma experiência diferenciada e o usuário facilmente encontrará o que precisa.

Segundo, a curadoria do conteúdo será realizada tanto por profissionais especializados, quanto por avaliação de outros colaboradores, ou mesmo ainda por recomendação da inteligência dos sistemas.

Terceiro, haverá no perfil de cada usuário um repositório de distintivos (do inglês badges), assim os colaboradores poderão colecionar e elevar o grau de cada certificado e as organizações poderão traçar mais facilmente planos de desenvolvimento e de sucessão, bem como montar times em rede de forma mais ágil e dinâmica. Se a plataforma permitir conexão aberta destas informações, poderá criar um mercado aberto de competências, também conhecido como open badges.

Por fim, o idioma deixará de ser uma barreira. A cada dia os sistemas de tradução simultânea têm se aprimorado, além disso os principais cursos dos Mooc’s já vêm sendo traduzidos ao português. Também, o firewall deixará de ser um problema, pois estas plataformas garantirão a segurança e o acesso às inúmeras fontes.

E para finalizar, algumas transformações previstas.

Hoje, a existência de informação assimétrica no mercado de geração de conteúdo permite a comercialização de soluções educacionais redundantes de diversas qualidades. No futuro, com o fácil acesso e a comparação entre as soluções, somente as melhores e mais relevantes se destacarão.

As universidades perderão exclusividade na geração de conteúdo, visto que o mercado definirá qual a referência a ser seguida. Por exemplo, um certificado de Six Sigma da Motorola University é geralmente mais prestigiado no mercado do que um curso do mesmo tema realizado em uma universidade. Por outro lado, as instituições zelarão ainda mais por sua reputação e marca, investindo pesadamente na geração destes conteúdos.

A aguardada estrutura organizacional aberta e em rede será possível, visto que a capacidade de se reunir competências em um projeto será simplificada pelo open badge.

E para finalizar, os mercados de empregos e de educação serão dinamizados, já que será mais fácil buscar um candidato adequado e checar seus conhecimentos. Bem como, as pessoas buscarão o autodesenvolvimento para alavancar a sua empregabilidade.

E você, quer estar preparado para este novo mundo? Siga o Espresso3 e saiba como! Até mais!

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