O sobe e desce das práticas do Modelo 70:20:10 durante a Covid-19

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Quais foram as práticas de aprendizagem que subiram e que desceram no dia a dia das organizações por conta da Covid-19? Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.

A pandemia de 2020 impactou profundamente o funcionamento das organizações e a dinâmica do trabalho. Neste cafezinho, pretendemos apontar os principais reflexos em termos da adoção de práticas de aprendizagem, tendo como referência o modelo 70:20:10.

Vamos começar de traz para frente para facilitar sua explanação.

Quando analisamos o 10, que representa as ações da aprendizagem formal, percebemos os maiores impactos exatamente por ser da responsabilidade das áreas de educação corporativa e treinamento.

Ao primeiro passo do isolamento social as ações presenciais foram as primeiras a serem interrompidas, assim treinamentos em sala de aula, palestras e convenções foram suspensos, assim como a participação em eventos e demais capacitações em programas externos.

Com as pessoas em home office, diversos gestores de educação corporativa puderam perceber um grande aumento no consumo dos recursos assíncronos hospedados nas plataformas de gestão da aprendizagem.

Para não interromper suas atividades, os cursos externos retomaram a programação por meio de ferramentas de webconferências. Ao mesmo tempo, webinars de especialistas e provedores começaram a explodir nas mídias sociais. Aos poucos, até mesmo coisas inimagináveis e improváveis da vida comum começaram a dar certo a distância, como aulas de yoga, de dança e de personal trainer.

Com o sucesso das reuniões virtuais e a necessidade de atender demandas de difícil prorrogação, diversos gestores encorajaram seus facilitadores a realizarem treinamentos virtuais. Desta forma, treinamentos obrigatórios e de onboarding, por exemplo, foram migrados para acontecer de forma síncrona.

Por fim, ainda presenciamos congressos e seminários começando a ser programados para acontecerem 100% no meio digital.

Quando falamos do 20, que representa o aprender juntos, a princípio imaginamos que as interações foram perdidas, entretanto é no momento de dificuldade que elas se fortalecem.

Assim, as relações internas (dentro da organização) e externas (fora da organização) foram intensificadas em prol da colaboração, como as comunidades de prática, o working out loud, e o próprio networking. Por outro lado, algumas delas que precisam de contato próximo para acontecer foram interrompidas como, por exemplo, o shadowing.

Já os encontros e as sessões de coaching e de mentoring foram inicialmente interrompidos, mas aos poucos retomaram conforme coach e coachee, mentor e mentee foram se adaptando ao virtual.

De certa forma, as ferramentas e plataformas de colaboração foram utilizadas com grande frequência e intensidade, que levaram até problemas de TI para suportar o serviço.

Já o 70, que representa o aprender fazendo, foi bastante evidenciado neste período, porém como de costume pouco percebido pelas pessoas.

Ao sair de uma rotina previsível e confortável, os trabalhadores tiveram que se esforçar para se adaptar e superar estes novos desafios. Inicialmente para se habituar ao trabalho remoto, tanto individualmente em sua casa – um habitat bastante hostil quando não apropriado -, quanto em novas dinâmicas em times virtuais. E depois para lidar com cortes na equipe e manter o cumprimento de entregas mesmo com menos pessoas.

Quando abordamos os públicos da operação que não tiveram interrupção no trabalho e não puderam usufruir do home office, os processos de trabalho foram adaptados para serem mais seguros e com o mínimo de contato entre as pessoas, ao mesmo tempo em que ampliamos os níveis de stress por conta do medo de ser contaminado ou estar desempregado.

Mais especificamente em termos das práticas da aprendizagem informal, job rotation, programas de voluntariado e visitas de benchmarking perderam espaço neste período, enquanto o exercício da prática, a superação de desafios e as reflexões ganharam relevância. Aliás, na história contemporânea nunca se houve tanta incerteza e pensamentos sobre o futuro.

É fato que diversas das práticas que caíram o uso neste período serão retomadas com a volta da normalidade, talvez com uma ligeira queda. Por outro lado, diversas práticas que ganharam atenção provavelmente assumirão presença permanente na realidade das organizações, um fôlego a mais em sua transformação digital.

Acreditamos que esta tenha sido a ocasião para emplacar uma degustação de novas práticas que rompeu preconceitos e resistências na adoção. Com a alta frequência em sua adoção seu aprimoramento foi constante a ponto de serem evidenciados mais o bônus do que o ônus na experiência das pessoas e no resultado para as organizações.

E na sua organização? Quais práticas de aprendizagem você percebeu que subiram e desceram? Poste abaixo e conte seus principais desafios. E caso ainda esteja parado, pense em como não perder esta oportunidade! Até mais!

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Um comentário sobre “O sobe e desce das práticas do Modelo 70:20:10 durante a Covid-19

  1. As atividades presenciais foram substituídas pelas virtuais, todas as reuniões, atividades de capacitação e supervisão foram realizadas por meio virtual. Incialmente gerou um pouco de ansiedade, mas aos poucos foi se agregando confiança, naturalidade e os resultados foram muito positivos.

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