Papéis e competências da equipe de educação corporativa

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Quais as competências da equipe de uma universidade corporativa? Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.

Antes de começar é importante mencionar que a estrutura do sistema de educação corporativa varia bastante nas organizações, sobretudo pela quantidade de pessoas na área e focos de atuação. Por via de regra, estruturas menores tendem a sobrepor os diversos papéis para operar o sistema. Simplificando, serão apresentadas as competências de três atores principais: analista, educador e gestor.

As competências do analista de educação corporativa variam conforme a especialização dele no processo de design educacional. Por conta disso, elencarei as principais competências nas cinco etapas do clássico ADDIE, que significa Análise, Design, Desenvolvimento, Implementação e Avaliação (do inglês Evaluation).

A Análise é a primeira etapa e a mais crítica do processo, pois se algum erro passar por aqui todo o restante do trabalho será perdido por melhor que seja executado. Recomendo a alocação de uma pessoa mais sênior que atuará na compreensão das demandas e na avaliação das oportunidades de melhoria organizacional. Logo, suas principais competências são a visão de negócios, o diagnóstico organizacional e o foco em resultados.

O Design é a segunda etapa e entra em ação após a definição dos resultados esperados. O designer planeja, define e modela toda a experiência educacional, logo precisa ter domínio de tecnologias e metodologias educacionais e de todo o design educacional. Ressaltaria mais duas competências para que o desenho fique mais eficaz: o foco no aprendiz e o foco em resultados.

A etapa de Desenvolvimento assume depois de todo o escopo e projeto definido, assim as competências mais críticas são a gestão de projetos educacionais a gestão de fornecedores, a articulação com conteudistas e stakeholders e foco em resultados. A priori, este profissional terá que gerir o desenvolvimento, mas caso ele assuma a responsabilidade de gerar os recursos, daí ele passa a ser um educador e suas competências mudam.

A etapa de Implementação, como seu nome diz, aplica todas as ações educacionais e se responsabiliza pelo desdobramento delas em todos os públicos definidos. Esta pessoa tem foco na operação, logo são competências ligadas à execução, como gestão de rotinas e de processos, gestão de indicadores de operação, foco em resultados e atendimento, para humanizar este processo.

Por fim, a Avaliação trabalha os dados e as informações desde a fase da análise, caso contrário será tarde para iniciar o alcance dos resultados. Também, atua em todas as etapas do processo para checar se é possível avançar o trabalho para o próximo estágio. Como principais competências, temos o levantamento de dados e informações, o domínio das metodologias de avaliação e o Report, que seria Comunicação dos resultados.

Agora, como educador corporativo, temos três papéis que podem ser desempenhados. Novamente, as competências variam conforme a atuação da pessoa.

No primeiro, o conteudista é quem detém e fornece o conhecimento a ser trabalhado. Por natureza, ele precisa ser suportado pelos analistas que dominam as tecnologias e metodologias educacionais. Sua competência provavelmente será a de domínio técnico e conceitual. Seria um adicional muito bem-vindo se ele também tivesse as competências de foco no aprendiz e de foco no desempenho, para já pensar o conteúdo em ação, mas sabemos que na maioria das vezes este profissional não é exclusivo da educação e faz parte de outra área.

No segundo, o multiplicador, também chamado de facilitador, promove a disseminação do conhecimento e aplicação das atividades didáticas a partir de um roteiro previamente planejado. Obviamente também precisa ter o domínio técnico e conceitual, porém em menor grau de complexidade que o conteudista. O que deve ser prioritário é sua didática, comunicação, foco no aprendiz e foco em resultados.

No terceiro, o papel de suporte ao desempenho contribui a transferência dos conhecimentos para a prática, ajudando os aprendizes a dominar as novas competências. Assim além da empatia, precisa ter didática, foco no aprendiz e foco em resultados.

E para acabar, o gestor de educação corporativa é basicamente um super-homem! Possui experiências em quase todas as competências listadas, inclusive para poder gerir a área e dialogar com a equipe. Entretanto, destacaria além de sua ampla competência de gestão da educação corporativa seus aspectos mais críticos, como a articulação política, a visão de negócios e o foco em resultados.

Enfim, estas foram as competências de nove papéis essenciais em uma universidade corporativa. Faça uma reflexão delas em sua organização e cheque o domínio das competências.

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