Olá, voltamos ao CBTD 2019. Estou com Marina Amorim da empresa Wiz e nós vamos falar sobre o programa de inclusão e diversidade. Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.
Tudo bem Marina?
Tudo jóia, Wagner!
Quais são os diferenciais do programa de inclusão e diversidade da Wiz?
Nós começamos em 2017 nosso programa de inclusão e diversidade através do “Ligue–se!” que é um comitê que começou a fazer discussões sobre o tema. Até aí mais do mesmo que as outras empresas estão fazendo e aí pensamos quais seriam as medidas práticas que adotaríamos para aumentar alguns indicadores de diversidade.
Decidimos começar pelo nosso programa de estágio e estabelecemos algumas medidas. Entre elas, a comunicação com grupos minoritários, parte de seleção às cegas e o treinamento de gestores para que aceitassem a diversidade e a inclusão.
Nós conseguimos fazer isto no nosso programa de estágio em 2018 e percebemos que deu certo, nós repetimos em 2019 agora estamos escalando estas medidas para todos os nossos processos seletivos.
Estamos conseguindo ocultar dados pessoais dos candidatos antes das etapas presenciais. As nossas comunicações são sempre com as nossas pessoas, buscamos sempre ter pessoas que representam grupos minoritários nas nossas comunicações de vagas. Estas são algumas medidas que temos percebido que têm dado resultado.
Quais foram os principais obstáculos que vocês tiveram que enfrentar?
Em um primeiro momento era a resistência da alta liderança de que não tínhamos um problema de diversidade na empresa. “Nós temos mulheres na diretoria, olha só. Temos pessoas que se declaram homossexuais“.
Por isso começamos de baixo para cima, trazendo as necessidades dos colaboradores e levando isto para alta direção para que eles percebessem que sim, nós tínhamos questões a trabalhar neste tema e que isto era relevante, que isto trazia inovação para o nosso negócio. Foi aí que conseguimos ganhá–los. Mas nosso primeiro entrave foi ali, foi a negação de que existia um problema.
E quais foram os resultados que vocês já colheram?
Falando do nosso programa de estágio. Primeiro, conseguimos sair do universo de duas a três universidades que normalmente recrutava, aumentamos para cinco universidades. Estamos em Brasília, então este é um número bastante relevante para nós lá.
Além disto, não costumávamos contratar estagiárias em tecnologia, nunca tínhamos conseguindo contratar. Pela primeira vez o número de estagiários homens e mulheres ficou equilibrado e nós já somos reconhecido por alguns grupos minoritários como uma empresa diversa e inclusiva.
E em 2019 fomos reconhecidos pela GPTW entre as 10 empresas com práticas de diversidade e inclusão, então é algo que nos orgulhamos bastante.
Parabéns pelo trabalho!
Obrigado!