Olá! Estou aqui com Armando Lourenzo, diretor da EY University, e nós vamos falar sobre Rebranding Learning. Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.
Armando, por que precisamos reposicionar a aprendizagem nas organizações?
Para tirar o foco da operação, ou seja, ainda eu vejo em algumas organizações, a área de treinamento e desenvolvimento funcionando de uma forma clássica, resolvendo problemas, gaps individuais. Você tem uma função “x”, resolve aquilo, tem um problema “x” resolve aquilo.
Eu acho que ela tem que ter uma visão mais estratégica. Para ela ter uma visão mais estratégica, você precisa passar por três fases.
Fase 1: Conexão com a Estratégia
A primeira fase é você ter uma conexão com a estratégia. E conexão da estratégia você tem três ferramentas básicas.
A primeira delas é você fazer parte do sistema de governança corporativa ou quando você participa de uma reunião de C level, muitas universidades têm um comitê de educação ou mesmo quando você está dentro do próprio sistema de governança.
O outro ponto é você ter um sponsor de uma liderança. Quando você tem um sponsor, além de você ter melhoria de investimentos, você traz a opinião desta pessoa no desenvolvimento da organização.
Por fim é conhecer o negócio. Agora, conhecer o negócio e a figura do learning specialist, que é parecido com o business partner, é uma pessoa que entende do negócio, mas entender do negócio não é entender de produto e serviço só. É entender da dor do negócio. Qual é a estratégia, qual é o gap e tal.
Fase 2: Abordagem de aprendizagem e KPI’s
O segundo bloco está atrelado à abordagem de aprendizagem e KPIs. O primeiro vínculo aqui não é discutir qual o tipo de abordagem, mas você pensar que tecnologia é importante, mas não suficiente. Já de você parar isto, você tem que falar assim: “Qual é a melhor abordagem para resolver aquele objetivo do treinamento?”.
Porque quando você raciocina o contrário, “o meu objetivo é este”, você já começa a pensar na abordagem melhor. Segundo, você conectar com KPIs mais estratégicos. Sair um pouco da reação e da aprendizagem que são importantes, mas focar em indicadores que meçam na realidade o impacto no negócio. Quer dizer, quanto você está impactando? Será que você está aplicando aquele conteúdo?
Isto para nós é importante, pois se você faz um investimento de 1 milhão, de 1 real, ou de 100 mil, a questão não é o valor, é se aquele valor de fato está sendo bem utilizado. Mesmo que seja 1 real, ele tem que ser bem utilizado. Quando você tem os KPIs ele traz para isto.
Fase 3: Comunicação
O terceiro bloco significa a comunicação. Não adianta fazer tudo isto e as pessoas não perceberem isto. A comunicação, vejo isto em muitos colegas, converso na área de Recursos Humanos, sobre tudo na área de treinamento e desenvolvimento, precisamos nos vender mais. Vender no bom sentido, comunicar mais. Comunicar com lastros de resultados concretos. Você precisa ter coisas boas para mostrar.
A comunicação, quando você trabalha a comunicação interna na área de treinamento e desenvolvimento, você mexe com coisas como “orgulho corporativo”, você traz para as pessoas este tipo de coisa. Você melhora a questão de retenção, de engajamento. Você pode contribuir, pois você dá visibilidade naquilo que você está fazendo.
A comunicação quando você trabalha para o campo externo, você traz impacto, por exemplo, na atração, ou seja, hoje a empresa, quanto mais pessoas ela atrair, melhor as chances de ela filtrar os talentos que ela possui. Se as pessoas estão do lado de fora e falam “Poxa, ali tem um ambiente de aprendizagem”, porque isto é conectado fora, você na realidade melhora.
Você tem uma empresa, dependendo da área que você atua, mas em geral a maioria, que tem uma boa área de desenvolvimento e o mercado reconhece isto, é claro que você vai contratar porque você sabe que as pessoas que estão ali são talentosas. Seu produto e serviço será com mais qualidade.
Estes três blocos focam no que chamamos de rebranding learning.
Neste reposicionamento, qual deveria ser a proposta de valor da aprendizagem?
A proposta de valor da aprendizagem é aquela que consigamos impactar no negócio e na aplicação. As pessoas precisam. A proposta de valor é que precisamos facilitar, criar um mecanismo para que as pessoas possam aprender.
Ainda temos aquele papel muito centralizador, faz isto, faz isto, faz aquilo. Precisamos criar um espaço para que as pessoas se acomodem, por isto que temas como curadoria hoje fazem muito mais sentido em uma visão de universidade corporativa.
Muito obrigado!
E não percam no próximo vídeo, algumas tendências em educação corporativa que o Armando apresentará. Até mais!
Um comentário sobre “Série EYU | 1 de 6 | Rebranding Learning ”
O Armando fala da importância de olhar para KPIs mais estratégicos, saindo de reação e apreendizagem para medir impacto no negócio. Gostaria de conhecer exemplos de KPIs estratégicos usados na EY.