Olá, estou aqui com a Carla da Fiocruz para falar sobre práticas de gestão do conhecimento. Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.
Carla, na prática, como funciona a gestão do conhecimento?
Wagner, a Fiocruz é uma instituição intensiva na geração de conhecimento, compartilhamento e disseminação. Uma instituição de ensino e de pesquisa que tem um modelo descentralizado. São 22 unidades descentralizadas e com uma grande autonomia, mas existe uma área central da presidência e as diretorias. E já existe um esforço na criação de um modelo que possa oferecer uma metodologia, um alinhamento para que todas essas unidades implantem a gestão do conhecimento e tenham suas práticas de gestão do conhecimento orientadas por um modelo único. O que é um desafio para nós é como colocar isso em prática. O que precisamos vencer agora é: temos uma ideia, temos um modelo, temos que pensar de forma sistemática, planejada, intencional, como é que nós possamos integrar todas estas redes e fazer com que elas se retroalimentem o tempo todo.
Carla, eu gostaria que você me explorasse mais esta conexão entre a gestão do conhecimento e a educação corporativa na Fiocruz.
Então, a educação corporativa na verdade vem como uma prática de gestão do conhecimento. Ela já contribui para a interação dos profissionais, a geração de conhecimento, a disseminação de boas práticas. Este modelo que eu descrevi para a educação corporativa na Fiocruz, é um modelo que já foi desenhado exatamente pensando na importância de se integrar todas estas possibilidades, o conteúdo, a interação das pessoas e as tecnologias. Então, ele já se dá desta forma. A ideia é que a ação de capacitação nunca começa, nem termina em si mesmo. Então, devemos ter sempre uma customização que possa buscar informações gerenciais e de conteúdo na nossa rede de conteúdos, que possamos após a customização, já na execução da ação, que os professores, os alunos, os participantes e as lideranças da Fiocruz possam interagir no momento de fato da execução da ação, da aula, do encontro.
De repente quando eles voltam, como é que vai se dar esta aplicação do conhecimento. A preocupação é que este conhecimento possa sair do nível só do indivíduo e que possa de fato se tornar um aprendizado organizacional, que ele possa ser aplicado no nível da organização. Então pensamos que a rede social tem que ter estratégias para que eles possam refletir esta aplicação do conhecimento. Então promovemos alguns encontros, ciclo de debates, comunidades de prática, onde o gestor que participou das ações pode conversar com as lideranças da Fiocruz das principais áreas. Como exemplo, nós realizamos um ciclo de debates com o vice-presidente de gestão e a diretora de planejamento estratégico sobre o tema gestão estratégica. Então o vice-presidente e a diretora de planejamento conversaram e debateram com os participantes sobre como se dá esta aplicação na Fiocruz, quais são os desafios. Porque eles agora eles já conhecem mais, conhecem ferramentas, conceitos, mas às vezes não sabem como vão fazer a aplicação no seu local de trabalho.
Ok, Muito Obrigado, Carla!