Você quer parar de atender pedidos e ser um verdadeiro consultor de educação corporativa? Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.
A grande diferença entre uma área tomadora de pedidos e uma área viabilizadora de estratégias por meio da aprendizagem é a realização de um bom diagnóstico.
A primeira faz apenas uma reunião para levantar o que o gestor precisa e logo depois já busca apontar uma solução, geralmente com soluções genéricas do mercado, para atender a solicitação. Enquanto isso, a segunda promove uma série de levantamentos para aprofundar na leitura do negócio, compreender o desempenho e levantar insumos fundamentais para proporcionar a melhor experiência de aprendizagem.
A análise é a principal fase do processo de design de aprendizagem, sem ela tudo que for feito depois não terá impacto algum, entretanto uma das principais falhas no processo de design de aprendizagem é exatamente pular esta etapa.
Por isso, preparamos uma série especial focada em aprimorar seu processo e sua capacidade de investigar uma determinada situação e propor a solução mais adequada.
Neste primeiro cafezinho mostraremos a visão geral dos estágios da avaliação das necessidades, nos próximos apontaremos questões norteadoras para cada estágio e por fim indicaremos como você deverá conduzir o processo de coleta e interpretação dos dados e das informações.
A principal referência consultada é o livro Needs Assessment Basics das autoras Beth McGoldrick e Deborah Tobey, publicada pela ATD em 2016. Adicionamos diversas adaptações para tornar o conceito mais prático e útil para as pessoas que atuam na área. Vamos para o primeiro?
Como visão geral, temos quatro estágios de análise de necessidades, ou de demandas, que se relacionam diretamente com os quatro níveis de avaliação do modelo Katzell-Kirkpatrick.
A sequência começa pela análise do negócio e termina com recomendações para o desenho das soluções de aprendizagem. Assim no primeiro estágio faremos uma análise para compreender quais são as demandas do negócio que depois terão seus resultados verificados na avaliação.
No segundo estágio faremos a análise das demandas do desempenho, ou seja, pensando no processo, na aplicação e no comportamento das pessoas no trabalho que poderão ser percebidos e observados no dia a dia do trabalho.
No terceiro estágio faremos a análise das demandas de aprendizagem, ou seja, determinar o que as pessoas aprenderão e como podemos checar o sucesso desta aprendizagem.
No quarto estágio faremos a análise das demandas dos aprendizes, ou seja, levantar as características dos aprendizes e do ambiente que influenciarão no como as pessoas aprenderão.
Após estes quatro estágios de análise teremos insumos para recomendar tanto as ações diretamente relacionadas à capacitação, quanto as ações complementares ao sucesso da mudança esperada.
Todos estes elementos alimentarão as próximas fases do processo de design de aprendizagem: o design, o desenvolvimento e a implementação. E, servirão de fonte para conduzir a avaliação de resultados novamente nos quatro níveis e retroalimentar o aprimoramento contínuo da ação.
Enfim este foi o primeiro cafezinho de uma série voltada ao diagnóstico de necessidades de aprendizagem. Esta visão geral será complementada nos próximos vídeos com questões norteadoras específicas para cada um dos estágios. Até a próxima semana!