Olá! Estou aqui com o Luiz da Fiocruz para falar sobre o programa de desenvolvimento gerencial. Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3!
Luiz, você poderia me dizer como foi definido o Programa de Desenvolvimento Gerencial?
Sim, Wagner. O Programa de Desenvolvimento Gerencial (PDG) na Fiocruz procura atender a três níveis da gestão: a alta gerência, o Board; a média gerência; e, o nível mais baixo que estaria sendo preparado para ocupar uma gestão no futuro, que seria o desenvolvimento da gestão no futuro.
A partir deste conceito nos valemos das competências gerais já mapeadas pela Fiocruz, que seriam aquelas necessárias a todo e qualquer gestor da Fiocruz. Na verdade, são quatro competências: Gestão de Pessoas, Gestão pública, Gestão do conhecimento e da informação e Planejamento e gestão estratégica.
A partir destas competências definidas, com seus conhecimentos estabelecidos, começamos a pensar então em como desenvolver, dentro de cada uma destas faixas, os gestores. E, aí partimos para customizar um programa junto à Fundação Dom Cabral e desenvolvemos um programa que atende a média gerência e pessoas que estão em processo de desenvolvimento para ocupar um cargo de gestão.
Foi customizado a partir dos conhecimentos. São 180 horas de capacitação em dois anos. Este é o “carro chefe”, vamos chamar assim, do programa de desenvolvimento gerencial.
Como ele é um programa, ele é contínuo, ele é composto de várias ações. Uma outra ação está na linha da Educação Formal. Essa Educação Formal fazemos junto a instituições de ensino, notadamente mestrados profissionais em administração pública. No Rio de Janeiro nós temos a Fundação Getúlio Vargas com seu mestrado em administração pública e nós temos participação neste mestrado. Junto à Universidade Federal da Bahia também, para atender as regionais, já que estamos no Brasil inteiro. Internamente nós temos a ENSP (Escola Nacional de Saúde Pública) e nós temos então um mestrado em gestão pública, que também atende este mesmo grupo, esta mesma população. Além disto, para aqueles que estão chegando temos um curso de especialização em gestão de organizações em saúde pública, um curso de especialização também montado internamente. Este é a Escola corporativa Fiocruz, junto com a Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz participando.
Esta é a forma hoje do PDG. Como ele é programa, outras ações irão aparecer. Vamos construindo e desenvolvendo de acordo com o que se vai percebendo.
Como vocês pensaram os critérios de participação e todo o acompanhamento?
Para participar do programa, primeiro precisa estar ocupando um cargo de gestão ou sendo indicado, ou se pensando nesta gestão no futuro. Gestão para nós pode ser, ou ele é responsável por uma equipe, ou ele é responsável por um projeto, ou ele coordena um projeto, enfim, ele faz a gestão de alguma atividade. Então, este era o primeiro princípio, o primeiro quesito.
O segundo é que a atividade dele naquele momento, a que ele participa, que ele faz gestão, esteja bastante alinhada aos objetivos estratégicos da Fiocruz. Bastante alinhada que eu digo, é que tenha um peso significativo para que possamos priorizar esta pessoa, porque os recursos são finitos, nós não vamos poder atender a todos ao mesmo tempo, então temos que criar prioridades. Uma das prioridades foi esta. Como é que identificamos isto? É junto aos diretores de cada uma das unidades. Estas pessoas que têm esta importância, esta proximidade, esta priorização junto a alcance dos objetivos estratégicos definidos no plano quadrienal da Fiocruz.
Então, este foi o principal critério, obviamente também tem o interesse da pessoa, enfim, tem uma série de outros quesitos que temos que considerar. A disponibilidade da pessoa de participar, porque um programa deste demanda tempo, demanda envolvimento, demanda comprometimento da pessoa e isto também é observado. Temos um processo de entrevistas com estas pessoas para efetivamente esclarecer o que é, para que a pessoa também se demonstre interessada em fazer, em se envolver com isso.
E o acompanhamento?
Em todas as ações do programa, tem sempre uma pessoa da escola participando junto, presente 100% do tempo. Isto faz com que possamos observar as pessoas, identificar novas oportunidades, identificar melhorias para o futuro e incentivar um produto que eu acho que é o mais interessante de tudo, que são as redes de relacionamento que acabam surgindo naquele grupo.
Uma instituição como a Fiocruz, com diversas unidades, com um grau de descentralização razoável, se você não promove esta relação entre as pessoas, você dificulta também processos e projetos que sejam transversais à toda a organização. Então este é um acompanhamento que fazemos. É estar presente, é criar salas junto à comunidade virtual, onde podemos interagir com as pessoas, criando outros espaços como um ciclo de debates, que trazemos rodas de conversa, que trazemos as pessoas, enfim, é uma forma de você estar acompanhando, envolver as pessoas e observar que oportunidades ainda temos para desenvolver, que necessidades estas pessoas, estes grupos ainda possuem para a frente que precisamos desenvolver gerencialmente.
Muito obrigado!
De nada!