Olá, estou aqui com a Liliane Cammarano, Diretora de RH da LATAM Airlines Brasil, para falar sobre o papel de Recursos Humanos no processo de associação. Meu nome é Wagner Cassimiro e esse é o Espresso3.
Liliane, você poderia começar dizendo um pouco sobre o contexto da LATAM?
Primeiro, obrigada pelo convite. Estou bem feliz de poder compartilhar com você e de ter se interessado também por este nosso momento aqui na empresa.
A LATAM é resultado da associação da LAN e da TAM, que são duas empresas de história muito importante nos seus respectivos países e também mundialmente, pois esta é uma das graças de companhia aérea. Nós já somos LATAM, já estamos em todo o mercado com esta nova identidade, mas ainda se você vai nos aeroportos você encontra as duas, pois vai ser um processo gradual.
Este processo começou em 2012, que foi quando houve o anúncio [da associação], e ainda convivíamos sem saber que nome teríamos, qual seria nossa identidade. Em 2015 anunciamos que nos chamaríamos LATAM.
A LATAM ainda não tinha nascido. Tivemos, então, praticamente 9 meses de gestação, onde ela foi nascendo de dentro para fora. Quando anunciamos, no último dia 5 de maio, a LATAM para o mercado, ela já tinha um significado bem importante internamente para nossos colaboradores.
O que motivou a associação?
O que motivou? Isso também é uma história boa, pois começou lá da etapa do Rolim, que já tinha muito contato com o Enrique Cueto que era da LAN. Já havia muitas conversas, onde eles achavam que podiam em algum momento trabalharem juntos.
As duas empresas têm valores parecidos. Ambas nasceram de empresas de dono, uma era bem mais focada em eficiência, em processo, a outra na questão do carinho, do relacionamento. Esta questão de percepção de excelência pela maioria dos passageiros era presente nas duas. Se notava que era unir forças importantes: a TAM com o mercado Brasileiro, que é o terceiro mercado doméstico da aviação; e, a LAN que já tinha uma representação muito forte na América Latina, líder no Chile. Todo mundo que voa sabe que era importante e reconhecida como uma excelente companhia aérea. Sabíamos que essa junção faria com que essa potência Latino-americana se concretizasse.
E qual é o papel de RH neste processo de associação?
Este é um processo de Recursos Humanos que adoramos. É onde nosso papel estratégico tem mais valor, e por quê? Pois quando você esta fazendo este plano, como sairemos de duas empresas para ser uma empresa. Esta mesa tem que ter diversas interfaces. Tem uma parte de sistemas, uma parte de processos, uma parte de imagem e tem uma parte muito importante que são as pessoas.
Sabemos que se não fizermos que uma cultura seja única, os passageiros nunca conseguirão identificar que estão voando LATAM, eles vão sempre pensar que estão na TAM ou LAN e isto boa parte vai depender do atendimento, como conduzimos esta experiência do passageiro. É um momento que esteve sempre presente na mesa de discussão de todas as definições. O que queríamos ser como companhia. Inclusive antes mesmo de definir que seríamos LATAM, houve a discussão “vai ser LAN Brasil, TAM, TAM Chile”, qualquer outra opção. Saíram uma série de nomes nas especulações. Mas nesta questão definimos não ser duas companhias, sermos uma.
A maioria das companhias aéreas mantiveram duas marcas. Isto também foi uma coisa muito importante na LATAM e ousada de não ficar nem uma marca nem a outra.
Liliane, esta questão de se chamar LATAM tem alguma referência com a abreviação de Latin America?
Então, tivemos aí uma feliz oportunidade. Uma delas é que o nome LATAM contém tanto LAN quanto TAM. As pessoas conseguem reconhecer no som as suas identidades originais. A outra questão é que a nossa aspiração é sermos muito reconhecidos e diferenciados na América Latina, então você ter o nome da sua empresa como o nome do continente, acreditamos que é super poderoso. Sabemos que tem diversas empresas e diversos contextos que se referem [LATAM] a Latin America, mas temos isto como nossa identidade.
OK, muito obrigado!