Olá! E para fechar nossa série de entrevistas aqui no Rio Innovation Week, estou com Adriana Schneider, curadora aqui do espaço Humanare no Rio Innovation Week e CVO da Humanare. Nós vamos falar sobre as relações nos temas de gestão de pessoas com o Rio Innovation Week. Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso 3.
Ótimo. Vocês tiveram um espaço aqui, um palco no Rio Innovation Week, puderam acompanhar vários temas ligados à gestão de pessoas. Qual é a relação disso em um evento de inovação?
É incrível, né, porque a princípio não parece tão óbvio, dá um certo estranhamento, mas a procura foi tão grande, o palco ficou lotado todos os dias, havia filas de quase 1 km. Então, isso mostra o quanto as relações pessoais são importantes para os sucesso do evento. E achei que foi uma grande sacada do evento trazer essa temática para cá, porque é como se a tecnologia estivesse levando o homem, mas é o contrário. Somos nós, seres humanos, que criamos as tecnologias e somos capazes de escolher os caminhos, de como vamos usá-las e fazer um bom uso delas. Ter gestões humanizadas, ter relações de desenvolvimento, espaços de segurança psicológica que promovem a inovação, que promovem a ascensão e uma expansão da consciência, construção de empresas de impacto, de negócios de impacto que não gerem valor só para a própria empresa, mas para a sociedade, está muito em voga. E foi muito bacana, Wagner, porque muitos jovens estavam presentes.
Interessante, é nosso futuro, não é?
É apaixonante, ver as pessoas vindo depois para conversar, querer saber como foi o caminho, interpelando os palestrantes para conhecer mais as suas histórias. Foi muito bacana, porque um dos dados que trouxemos é que a geração iPad, que a gente chama de geração Alpha, que nasceu entre 2010 e 2025, mais de 30% deles querem trabalhar para ajudar outras pessoas ou animais.
Eu fiquei encantada com essa notícia. E as crianças de até 8 anos, ou seja, acabaram de sair do primeiro setênio, já dão valor às atividades entre amigos, ao cuidado com a saúde, com o bem-estar. Elas se preocupam em ter atividades físicas ao ar livre, em ter momentos de lazer, diferente daquela geração anterior. E todas elas declaram que querem uma vida com propósito. Então, olha a mudança já acontecendo. Aquela coisa de “já está aí”. E daqui a seis meses já vão ser 2 bilhões de jovens nessa faixa da geração Alpha.
E se você pudesse fazer uma síntese, assim, dos três principais destaques, se pudesse escolher só três?
Bem, eu destacaria relações éticas, líderes éticos, capazes de tomar decisões que atinjam de uma maneira positiva todos os stakeholders. Volto para a liderança, lideranças virtuosas que são exemplos, que constroem jornadas na carreira, que inspiram e que provocam mudanças na organização. E também o cuidado das relações. As relações humanas são de fato… Antigamente eu falava que as empresas são feitas de pessoas, mas hoje tenho certeza absoluta de que as empresas são feitas das relações das pessoas que passaram por ela ou que estão nela.
E para fechar aqui nossa bateria de perguntas, basicamente: inovação, turbulência, mudanças. Qual é a importância de trabalhar a consciência nas empresas e para as lideranças?
Fantástico! É de total importância, porque numa era de nanotecnologia, inteligência artificial, vários modelos e frames, o que nos diferencia são as habilidades humanas. Fizemos toda a jornada dessa curadoria usando as habilidades dos Inner Development Goals, onde olhamos para o desenvolvimento humano, o autoconhecimento, o desenvolvimento interno, para que possamos agir no mundo de uma forma propositiva e consciente. Então, quanto mais a gente olha para dentro, mais somos responsáveis pelo que fazemos para fora. E aí, pessoas conscientes, líderes conscientes dão conta de empresas em transformação.
Muito obrigado.
Obrigada a você.
Então, fechamos nossa bateria de entrevistas aqui do Rio Innovation Week. Até mais!