Série Roberto Dumani |3 de 6| – Transformação organizacional

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Olá! Estou aqui com Roberto Dumani, executivo de RH, para falar sobre transformação organizacional. Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.

Dumani, por que uma organização precisa se transformar?

Eu acho que essa necessidade de transformação das organizações é um efeito colateral da dinâmica do mundo de hoje. Os segmentos econômicos, as variáveis econômicas, as novidades, as inovações trazem uma dinâmica que muda as circunstâncias onde cada organização opera. E esse efeito colateral é a direção do amadurecimento da capacidade de cada organização de evoluir e responder de maneira apropriada a essa dinâmica do mundo de hoje.

E na prática, como é que uma organização se transforma?

Ela precisa criar um consenso. Estar sempre monitorando essas transformações, entendendo bem quais são os pontos fortes que ela tem e os pontos que ela precisa amadurecer para atender essas novas circunstâncias e criar uma visão compartilhada sobre esse tema.

Entender onde ela está, onde ela quer chegar e como ela vai fazer essa trajetória entre o ponto em que ela está e o ponto que ela quer chegar. Na minha experiência eu vi várias empresas se digladiarem muito e até fracassarem por menosprezar a importância da definição da jornada entre o ponto A, onde ela está, e o ponto B, aonde ela quer chegar. Várias empresas que colocaram muita energia na definição de onde chegar e menosprezaram a dificuldade e os desafios da trajetória.

E você poderia dar algum exemplo de alguma instituição que tenha sido bem-sucedida ou que tenha fracassado nessa trajetória?

Acho que tem exemplos bem conhecidos do mercado por cases. Tem um exemplo bem famoso da Kodak, que inventou a fotografia digital, subestimou o potencial dessa inovação, subestimou a velocidade com que essa inovação iria mudar as regras do segmento onde ela atuava e tem sofrido muito, tem pago bastante caro por esse erro no diagnóstico.

E um caso bem-sucedido?

Um exemplo interessante, de conhecimento público, talvez seja da IBM. Durante muito tempo ela tinha um propósito, IBM chegou a ser sinônimo de computador, do hardware. E chegou um determinado momento em que ela repensou o seu propósito, foi um processo profundo de metamorfose organizacional, e ela soube aproveitar o capital intelectual depositado na equipe de trabalho que ela tinha ao redor do mundo, e remodelou o seu propósito e hoje a IBM é uma empresa de sucesso, mas com um propósito diferente, que tem mais a ver com a prestação de serviços e de consultoria. Esse é um exemplo bastante interessante de uma empresa que muda o seu propósito, alavancando a partir de um asset que ela tinha que era o capital intelectual dos seus colaboradores.

Ok, muito obrigado.

Obrigado você.

 

 

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