Série Sofia Esteves |5 de 6| – Novo perfil do colaborador

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Olá! Estou aqui com Sofia Esteves para falar sobre o novo perfil do colaborador. Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.

Sofia, você tem percebido modificações entre o que uma empresa buscava ontem e o que ela busca hoje em termos de perfil do colaborador?

Tenho sim, Wagner. Fazendo um paralelo, há trinta anos as empresas estavam buscando e valorizavam muito a experiência profissional. Se você não tinha experiência era muito difícil conseguir um emprego. Depois, nos últimos 20 anos, começou a se valorizar muito a questão das competências socioemocionais, seu comportamento, suas atitudes. Então, sua capacidade de iniciativa, de trabalhar em grupo, foram muito valorizadas. Hoje, estamos vivendo a onda em que precisa de tudo isso mais aderência a valores e cultura. Porque não adianta você ser um profissional muito bem formado, falar vários idiomas e até ter as competências sócio emocionais buscadas, se seu DNA, se seu olho não brilhar pelos mesmos objetivos que a empresa brilha.

Então, um exemplo disso, um jovem que gosta de colocar tudo em beta, correr riscos, ser ousado, vai ser muito difícil ele se adequar a trabalhar em uma empresa de turbinas de avião. Por quê? Ninguém vai subir em uma turbina que esteja em beta, ou que esteja sendo testada. Por outro lado, um jovem planejador, um jovem que gosta de fazer testes piloto, ou desenvolver alguma coisa com início, meio e fim de longo prazo, não vai conseguir trabalhar em uma empresa que coloca tudo em beta, para ser testado antes. Então, hoje a aderência a valores e cultura é muito importante e essa questão de eu poder me sentir fazendo parte, mais importante do que a experiência propriamente dita. Então, você ter aderência a valores e cultura, você estar o tempo inteiro buscando o seu desenvolvimento, ser uma pessoa inovadora, é mais importante do que propriamente a experiência profissional que você traz com você.

E como fazer o fit entre esse perfil e a cultura da organização no processo de seleção?

Hoje existem várias ferramentas que utilizamos no processo seletivo para mensurar a aderência à cultura e valores. Então você faz um perfil em cima da cultura e dos valores de cada empresa para comparar com aquilo que buscamos extrair do profissional hoje, principalmente quando é projeto para jovens, são milhares e milhares. Chega a ter 2 mil candidatos concorrendo a uma única vaga. Então usamos hoje muita tecnologia online para poder fazer os primeiros filtros e trazer para as etapas presenciais. Então, já existem ferramentas muito modernas para poder mensurar essa questão de cultura e valores.

E uma vez selecionado, como moldar, potencializar essas características?

Muito interessante o que você está trazendo. Há bem pouco tempo atrás nós estávamos valorizando o quê? Nós fazíamos uma avaliação do profissional, para olhar os gaps que ele tinha, para olhar o que não era bom, para formá-lo naquilo que ele não era bom. E hoje estamos vivendo uma era em que eu quero entender quais são as suas potencialidades, aquilo em que você é brilhante, aonde você trabalha bem, porque todo mundo tem um diferencial. Quando você faz aquilo que você gosta, automaticamente você vai fazer melhor. Então, hoje as empresas aprenderam a valorizar e potencializar o que você faz bem e tentar desenvolver os outros pontos de melhoria que todo indivíduo tem e que tem que melhorar sempre, mas se eu focar no seu potencial, naquilo que você é bom do que focar naquilo em que você não é tão bom, eu com certeza vou fazer você se desenvolver muito mais e dar um bom retorno para a empresa.

Ok, muito obrigado!

 

 

 

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