Série Treinamento virtual |1 de 5| Visão geral

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Você precisa migrar seus treinamentos do presencial para o virtual? Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.

A digitalização das organizações foi acelerada por consequência da pandemia de 2020. Estamos falando não apenas da digitalização dos seus negócios, mas também do funcionamento interno das áreas e da colaboração dos times de trabalho em si.

Obviamente, a educação corporativa não ficou de fora deste movimento. Um grande impulso veio à tona para promover a educação a distância. Contudo, também pegou de surpresa diversos profissionais que estão com dificuldade de superar esta migração.

Por conta disso, preparamos esta série sobre treinamento virtual para ajudar gestores, analistas, conteudistas e facilitadores a redesenharem suas soluções de aprendizagem.

Quem não se adapta é extinto! Por isso, consideramos mais do que nunca a importância do desenvolvimento e do fato de não ficarmos parados. Quando o assunto é aprender, nós precisamos dar o exemplo! Vamos lá?

Em 2005, 70% da carga horária de treinamento formal era realizada por um instrutor em sala de aula. Este número caiu para 53% em 2018, segundo a ATD State of the Industry Report.

Em contrapartida, a participação do treinamento virtual saiu do anonimato e passou para 10% em 2018. Além disso, sua tendência é de alta, já que previsões para 2020 indicavam que 93% das empresas respondentes pretendiam investir na aprendizagem online ao vivo, conforme pesquisa realizada pela Towards Maturity. Este número desperta atenção, pois é inclusive maior do que o interesse no elearning, que apresentou 87% de pretensão de investimento.

Mas afinal, o que é treinamento virtual? Seguiremos a definição de Cindy Hugget de que treinamento virtual é uma aula síncrona online bastante interativa e conduzida por um facilitador, que possui objetivos de aprendizagem definidos e participantes conectados individualmente de lugares dispersos geograficamente e usando plataformas de salas virtuais na internet.

Como principais vantagens, destacamos:

  1. Acessível. Solução de baixo custo e de fácil contratação, se comparadas com outras opções.
  2. Economia. Reduz drasticamente as despesas com deslocamentos e hospedagens dos participantes e facilitadores.
  3. Capilaridade. Cada participante pode acessar de qualquer local, desde que tenha um computador, um tablet ou um celular conectado à internet de boa velocidade.
  4. Conveniência. Participantes e gestores podem adequar melhor as dinâmicas do treinamento virtual as suas rotinas e demandas do trabalho.

Porém, também alertamos as possíveis desvantagens:

  1. Perda de atenção. Os participantes estão mais propícios a perderem o foco no treinamento virtual por estarem fora de um ambiente apropriado e não conectados visualmente. Assim, continuam a receber demandas do trabalho e a serem interrompidos por colegas, além de estarem expostos a inúmeras outras ferramentas e janelas de internet.
  2. Limitação da prática. A aprendizagem ativa e as atividades de aplicação do conhecimento podem ficar bastante prejudicadas pela falta de recursos, de condução e de condições apropriadas de interação.
  3. Risco da conexão. Já foi pior no passado quando a internet era incipiente, mas ainda é bastante frequente devido às instabilidades de conexão e a baixa capacidade de velocidade de algumas regiões mais interioranas.
  4. Risco da mudança.  Gestores, designers instrucionais, facilitadores e os próprios participantes precisam se adaptar ao novo meio. Logo, pode existir algumas resistências a serem superadas.

Nosso balanço é de que as vantagens, a tendência e o contexto atual são convincentes para a adoção do treinamento virtual. Já as desvantagens e os riscos são bastante contornáveis, entretanto novas capacidades precisarão ser desenvolvidas para superar estes obstáculos.

Por conta disso, definimos 4 competências essenciais para tirar o máximo do treinamento virtual:

  1. Redesenhar a estratégia de aprendizagem
  2. Facilitar e engajar os participantes 
  3. Dominar a ferramenta de treinamento virtual
  4. Preparar o ambiente e os participantes na jornada

Nos próximos vídeos, apresentaremos cada uma das competências com mais detalhes e dicas para que você tenha seu caminho iluminado e consiga obter sucesso no treinamento virtual. Até mais!

Fontes consultadas:

HUGGET, Cindy. The Virtual Training Guidebook: How to Design, Deliver, and Implement Live Online Learning. ASTD Press. Alexandria, 2014.

ATD State of the Industry Report. Edições 2005 e 2018.

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2 comentários sobre “Série Treinamento virtual |1 de 5| Visão geral

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