Olá estou aqui com a Glaucimar Peticov, Diretora de RH e responsável pela Universidade Corporativa do Bradesco, a UniBrad, para falar sobre as diferenças entre o T&D tradicional e o sistema de educação corporativa. Eu sou Wagner Cassimiro e esse é o Espresso3.
Glaucimar, o Bradesco sempre teve uma tradição em treinamento e vocês migraram alguns anos atrás para uma universidade corporativa. Quais foram as principais modificações percebidas?
Bom, boa tarde, Wagner, nós temos uma história já voltada ao treinamento, à capacitação e ao desenvolvimento. Então, essa história começou em 1943, quando o seu Amador Aguiar optou por ter um time a colher, para alcançar seus objetivos, e depois deu continuidade aos novos desafios a essas pessoas, ou seja, pra nós o treinamento e desenvolvimento começa nesse momento, quando o importante eram as características da pessoa, a força de vontade e depois os demais dados, como técnicos, comportamentais iam ser desenvolvidos. Então realmente é uma história como você disse, só que o treinamento ele sempre teve o foco de como enxergávamos mediante ao cargo, esse era o grande ponto que até então o treinamento atuava.
Não quer dizer que não era bom, que não era positivo, que não trouxe vários frutos que poderia trazer até então. É que nós chegamos em um determinado momento em que a capacitação se tornou tão frequente e foi se personalizando que exigiu da própria área uma transformação. E essa transformação foi: qual é o nosso olhar? Nós estamos olhando para o cargo? Nós estamos olhando para habilidades? Nós estamos olhando para alguns resultados imediatos? E, passamos a perceber a necessidade de ampliar olhando competências, estratégias de negócios, como é que fazemos com que a universidade, o movimento de formação, se aproxime do negócio realmente, fale a linguagem da empresa e a universidade corporativa foi esse caminho. Nós conseguimos reunir os indicadores estratégicos da organização trazendo para próximo realmente da nossa vivência e aprender com esses indicadores para que pudéssemos realmente valorizar sim as competências e por um outro lado, tão importante quanto às competências, quais são as tecnologias necessárias, quais são as mídias que uma universidade corporativa nos proporciona ampliando de uma maneira muito significativa para que a gente possa alcançar a capilaridade que o banco exige. Então nós temos hoje diversas mídias e um ponto que ele é muito importante para isso, dentre várias ações, vários procedimentos e necessidades algo vigora como muito diferente para nós, Wagner, que é conforme nós temos claro o nosso dia a dia são dois pilares: o pilar de Tecnologia e o pilar de Gente, então com esses dois pilares nós possuindo os indicadores estratégicos da organização fica muito mais fácil para que nós atuemos realmente pensando uma educação executiva.
Legal, e pensando agora na alta liderança da organização os executivos perceberam essas diferenças?
Nós temos no treinamento, como eu lhe disse, há muito tempo ele já tinha um valor para a organização.
Já tinha envolvimento deles.
Já existia um valor, já existe uma valorização, uma valorização inclusive orçamentária, então falar para você que a construção da universidade é que fez com que isso ocorresse, não é verdade. O que aconteceu foi uma aproximação muito grande. Nós temos 10 escolas na nossa universidade e essas escolas atingem absolutamente todos os indicadores estratégicos da organização, e um dos pontos que mais nos ajudou foi fazer com que cada escola receber um sponsor, sendo um executivo da organização. Então, esse patrocínio, esse sponsor que está conosco direto, faz com que o nosso canal, a nossa ligação com o negócio seja permanente. Então, nós ficamos com profissionais nas escolas e no escritório extremamente atualizados com o negócio. Os executivos participando ativamente e fazendo com que a nossa velocidade seja diferente, a nossa aplicabilidade muito mais eficaz e acompanhando o mercado, então eu diria pra você que a percepção é de ganho com muita certeza porque nada como você ter executivos participando dessas ações de desenvolvimento porque, afinal de contas, hoje são as pessoas que fazem com que as coisas aconteçam de uma maneira diferente, então isso acabou aproximando os executivos do RH, da universidade corporativa, também trazendo uma nova forma de enxergar capacitação. Então, os dois lados tiveram ganho e isso é claramente reconhecido.
Ok, então poderia sintetizar que sempre houve uma participação, só que agora eles têm um papel e muito claro em termos de atuação?
É, eu posso dizer o seguinte: sempre existiu a valorização pelos resultados por meio do treinamento, da capacitação e do desenvolvimento. Hoje, ele ficou mais perceptível porque os executivos acabam conhecendo detalhes dos movimentos de capacitação e participando inclusive em sala de aula que era algo que nós não tínhamos anteriormente. Hoje os executivos participam, contam as suas histórias, envolvem e inspiram o quadro como na verdade a universidade acredita, sendo a capacitação dos grandes investimentos que nós temos.
Ok, muito obrigado!