Você acha que teremos mais ou menos empregos na quarta revolução industrial? Olá, eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.
Até 2025, 85 milhões de empregos serão substituídos pelo aumento das máquinas no trabalho. Estamos falando que pessoas que desempenham papéis redundantes, repetitivos e de baixo valor agregado perderão seus postos de trabalho para processos mais automatizados e eficientes.
Enquanto isso, para o mesmo período, 97 milhões de empregos serão criados para atender a nova divisão do trabalho entre humanos, máquinas e algoritmos.
Portanto, sim, felizmente teremos mais empregos. Esta é a conclusão do relatório “The Future of Jobs”, publicado em outubro de 2020 pelo World Economic Forum.
A história nos ensinou que toda revolução industrial mobilizou os trabalhadores para uma nova atuação no mercado de trabalho, caso contrário estaríamos até hoje produzindo produtos de forma artesanal ou alimentando fornos industriais com carvão.
Não adianta destruir as máquinas. A cada revolução retiramos do homem as atividades menos nobres para que ele possa atuar em atividades exclusivamente humanas que envolvem a criação, a emoção e o julgamento em situações de alta complexidade. Segundo o mesmo relatório, em 2025 teremos a igualdade de distribuição de tempo entre a máquina e o homem em relação as atividades atualmente desempenhadas.
A aprendizagem ganhou destaque e virou sinônimo de sobrevivência em termos de longevidade das organizações e de empregabilidade das pessoas, por isso acompanhamos cada vez mais ações voltadas ao upskilling e ao reskilling. No geral, as organizações pretendem oferecer programas voltados neste sentido para 70% dos empregados até 2025.
Por outro lado, as consequências da pandemia em 2020 alavancaram o tamanho do desafio, que já não era pequeno. Estamos falando da abrupta aceleração da transformação digital nas organizações e da taxa de desemprego alcançada sem precedentes por conta da crise econômica gerada. Infelizmente, também presenciamos o crescimento das desigualdades existentes, sobretudo para jovens e mulheres no mercado de trabalho.
A janela para se qualificar se tornou mais estreita, espera-se que esta pessoa adquira as novas habilidades ou seja capaz de atuar em uma nova posição em menos tempo. Por conta disso, a “aprendizagem ativa” tornou-se a segunda habilidade mais importante, estando somente atrás do “pensamento analítico e inovação”.
Entretanto, diante dos fatos parece que as pessoas ainda não compreenderam a mensagem, já que apenas 42% delas são esperadas a corresponder com as expectativas de esforço nos programas patrocinados pelos empregadores para ganhar novas habilidades ou migrar para outras posições.
Enfim, teremos mais oportunidades de emprego, porém só serão preenchidas por aqueles que forem capazes de se esforçar e de alcançar êxito em seus projetos de aprendizagem.
Como a sua organização aborda este assunto? Será que está claro para a alta liderança que teremos grandes mudanças no médio prazo e de que ações deverão ser empreendidas para garantir as habilidades críticas? Reflita sobre o tema e provoque a sua organização.
Para saber mais, leia o relatório completo e acesse também os cafezinhos: Quais os empregos do futuro, a escassez de talentos digitais, upskilling e reskiling e como atrair e desenvolver talentos digitais. Até mais!
Fonte: The Future Jobs, 2020 – World Economic Forum.