Você já sabe que a aprendizagem não é um evento, mas sim um processo, por isso é importante desenhar toda a experiência de aprendizagem. Mas você sabe como garantir a transferência dos conhecimentos para a prática? Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.
Para o sucesso de uma ação educacional, precisamos pensar não somente na aprendizagem estruturada em si, que seria a capacitação presencial ou o e-learning de forma isolada, mas também no que ocorre antes e depois da ação efetivamente.
No “antes”, pensamos em como engajar os participantes e em como prepará-los para a ação. E no “depois”, pensamos em como os novos conhecimentos poderão ser aplicados e como consolidar esta nova competência.
Este cafezinho focará nos fatores para se obter sucesso na aplicação dos conhecimentos.
O primeiro fator é o incentivo. Se o participante não for provocado a aplicar os novos conhecimentos, outras atividades da rotina tradicional ganharão prioridade em sua agenda e como consequência os novos conhecimentos serão esquecidos.
O segundo fator é o ambiente e a oportunidade de aplicação. Antes de correr, é preciso saber andar. É por isso que no estágio inicial um aprendiz atua de forma mais lenta e com mais atenção do que uma pessoa mais experiente. E com o tempo, por conta da repetição e da reflexão, esta habilidade vai se tornando cada vez mais automatizada e inconsciente.
Logo, é importante preparar o ambiente para receber esta pessoa e dar oportunidades de aplicação, considerando que ela precisará de mais tempo e de desafios menos complexos.
O contraexemplo aqui seria você capacitar uma pessoa para gerenciar projetos, mas se após o programa ela não gerenciar projeto algum, ela provavelmente acabará apagando isso da memória. Ou mesmo se você esperar que ela já saia gerenciando um portfolio complexo de projetos sem o devido tempo de maturação, ela provavelmente desistirá de superar o desafio e ambos se frustarão.
O terceiro fator são os recursos de suporte. Novatos precisam de fontes para realizar consultas e tirar suas dúvidas. Por isso, é importante considerar manuais, recursos de fácil acesso, ou mesmo job aids, que facilitarão a aplicação.
A ausência destes recursos inflacionará as vias de colaboração, gerando excesso de solicitação em demandas triviais que atrapalharão a dinâmica de trabalho, ou mesmo a não consulta levará a um comportamento isolado e inapropriado, enraizando vícios de conduta.
O quarto fator são as pessoas de suporte e de avaliação. Líderes e colegas de trabalho exercem um papel fundamental no estímulo, no acompanhamento e no auxílio desta pessoa. Respostas são oferecidas no mesmo momento em que as dúvidas práticas relacionadas à situação ocorrem, e feedbacks lapidam a nova competência em formação.
Um outro ponto com grande potencial na avaliação de resultados é contar com estes atores na avaliação de eficácia, verificando o êxito em se atingir objetivos de aprendizagem ligados à aplicação.
Por fim o quinto fator são as consequências. Neste estágio inicial é importante oferecer reforços positivos e negativos para modelar comportamentos e legitimar a maneira certa de se atuar.
Também, atividades menos complexas não são selecionadas somente por serem capazes de serem cumpridas. Quando o aprendiz obtém sucesso inicial, ele se sente estimulado e confiante para continuar evoluindo, além de mais responsável pelo seu próprio crescimento.
Agora que você conhece os cinco fatores da aplicação de novos conhecimentos, pense em como implementá-los em sua próxima solução!
Caso tenha gostado deste cafezinho, não esqueça de curtir este vídeo e compartilhar com seus colegas no trabalho! Até mais!