Série Américo Figueiredo | 3 de 6 | Desenvolvimento organizacional para novos tempos

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Olá, voltamos a falar com Américo Figueiredo e agora vamos falar sobre o desenvolvimento organizacional para os novos tempos.

Eu sou o Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.

Américo, para uma organização corresponder com seu ambiente e, de certa forma, caminhar muito alinhada ao seu propósito, quais as ações de desenvolvimento organizacional ela deveria promover?

Ela precisa colocar as pessoas no centro da sua estratégia para começar a nossa conversa eu acho que isso deveria ser mais praticado, menos um discurso e muito mais um plano eficaz de como você geri os negócios da sua organização, colocando as pessoas no centro da estratégia.

A partir daí, quando isto, efetivamente, é priorizado, nós teremos espaço para promover o desenvolvimento de políticas, programas que vão melhorar, ainda mais, o output desta organização por meio da força de trabalho. Vamos trabalhar os aspectos de cultura organizacional, também, para qu8e a cultura da organização seja uma cultura que fomente o melhor desempenho das pessoas. Ao desempenhar o melhor, as pessoas, efetivamente, têm uma propensão a sentirem muito mais engajadas, muito mais comprometidas com os resultados finais, consequentemente com os compromissos perante a sociedade, perante os consumidores, perante os clientes.

A única forma, eu vejo, é que nós tenhamos que priorizar o papel das pessoas no desenho estratégico da organização.

Para promover este desenvolvimento organizacional, quais ações de educação corporativa poderiam dar suporte?

Essa sua pergunta me da um gancho para falar um pouco sobre a escola de líderes que tivemos na Nextel Telecomunicações do Brasil. Fui um dos responsáveis por criar a escola de líderes, fui aluno dela, inclusive também. Então, nós falamos muito sobre autoconhecimento e fui ali, digamos, me colocar no papel de aluno dessa escola. Uma escola que foi desenhada para melhorar o desenvolvimento não só das competências funcionais que a companhia precisa, engenharia, marketing, tecnologia etc., mas sobretudo comportamentos humanos para ter mais prontidão à mudança, por exemplo, agilidade na resposta às demandas do mercado, mudança de modelo mental para entender que a companhia passaria de uma companhia B2B para uma companhia B2C, Business to Consumer, por exemplo. Tudo isto, nós criamos a escola de líderes para ajudar.

Se você me perguntar, mas quais foram as disciplinas que mais impactaram a escola de líderes? Foram aquelas que trabalharam o autodesenvolvimento das pessoas.

Vou te dar um exemplo, o uso do eneagrama para desenvolver competência sobre o ego, a formação egóica dos indivíduos, o biográfico para conhecer a nossa história de vida, ou seja, como a nossa história de vida foi traçada ao longo dos anos e, aí, nós recorremos à antroposofia, os períodos setênios, os sete em sete anos. Eu fiz a minha retrospectiva e foi uma viagem bastante cheia de significados para mim, porque resgatei uma série de etapas importantes da minha vida, algumas dolorosas, outras prazerosas, mas que fizeram sentido para aquele momento que eu estava vivendo e consegui entender melhor como o meu comportamento como executivo impactava as pessoas, os meus pares, os meus superiores, os meus colegas de trabalho.

A oportunidade que temos de ajudar as pessoas a se desenvolverem como indivíduos, sei que nós trabalhamos muito o ambiente competitivo dentro da organização, os times etc., mas eu só posso ser um bom team member se sou um cidadão que está em paz consigo mesmo, porque é muito difícil você ser um bom team player se você não está bem consigo mesmo. Isso é um pouco das coisas que percebemos na prática quando fizemos esta escola de líderes que é um exemplo bastante concreto de como transformamos estas ideias em questões bastante pragmáticas e concretas.

Muito obrigado!

Obrigado!

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