Série CBTD 2019 |3 de 10| Desenvolvimento de colaboradores em uma empresa de transporte

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Olá, estou aqui com Camila Rodovalho do Grupo Odilon Santos e nós vamos falar sobre o desenvolvimento de colaboradores em uma empresa de transporte. Eu sou Wagner Cassimiro e esse é o Espresso3.

Camila, me dá uma visão geral da organização e me pontua os principais desafios.

O Grupo Odilon Santos, Wagner, já existe no mercado goiano há mais de 80 anos. É uma empresa bem consolidada, regional, foi crescendo, já atuou em diversos ramos, mas hoje o seu principal foco é em transporte. A empresa conta com 2.100 colaboradores, 1.600 colaboradores são motoristas de transporte coletivo. São pessoas que estão em busca de se aperfeiçoar. 

Nós sabemos que durante muito tempo, ser motorista de ônibus era um orgulho, deixava-os muito felizes de transportar e sabemos que isso vem se perdendo ao longo do tempo, até por causa de toda essa mudança no mercado e tudo mais.

Neste sentido, nós temos tentado buscar formas de desenvolver nossa equipe, de capacitar essas pessoas e uma das formas que encontramos foi trazer um pouco mais de conhecimento, investir mesmo na capacitação e no aprendizado dessas pessoas. 

O motorista, pelo menos na minha cabeça, é uma pessoa que está sempre em deslocamento e sem computador, então, como vocês estão trabalhando esse desenvolvimento?

Fizemos uma parceria e temos uma plataforma de educação corporativa. Essa plataforma, ele consegue ter acesso no celular, no computador, em casa, a qualquer momento, a qualquer horário, é livre ele pode acessar diversos conteúdos, não específicos, não estamos atuando em transmitir um conhecimento específico, mas ampliar esse olhar dele para outras áreas, para aquilo que ele pode aprender e agregar.

Por exemplo?

Por exemplo, se ele quiser aprender mais sobre inteligência artificial, que não faz parte do dia-a-dia dele, mas que está disponível na plataforma.

Entendi, e tem coisas também que são do dia-a-dia dele também?

Tem coisa do dia-a-dia, direção defensiva, atendimento ao cliente, condução econômica, também tem lá. 

Sim, e além disso, eu imagino que o motorista está sempre dirigindo, dá para entrar na rotina dele?

Então, dá sim. Ele geralmente tem intervalos na jornada dele, ele não trabalha direto, ele tem paradas então o acesso no celular é fácil, ele vai e já acessar. Tem a questão também de que ele pode fazer isso em casa, a qualquer momento, do jeito que ele quiser. 

Você estava me contando que não são só conteúdos ou da plataforma ou que vocês desenvolveram, há toda uma conexão entre as pessoas exatamente porque elas vivem os desafios diários e compartilham. Me conta um pouquinho mais sobre essa história.

Temos trabalhado a questão da cultura maker, das pessoas fazerem as coisas, fazerem aquilo que elas gostariam de fazer. Neste sentido, eles tem feito vídeos colaborados, recentemente fizemos uma trilha toda de direção defensiva onde eles produziram o material, foram ensinar aos outros quais são os elementos da direção defensiva, como é a sinalização, e eles mesmos foram gravando, vídeos artesanais e acabou virando uma trilha na plataforma. 

Bacana, e as pessoas sentiram um mega reconhecimento, imagino.

Super, já estão lá, já tem tanto tempo de trabalho, já sabem fazer e como é bom poder compartilhar. 

Vem na linguagem no jeito que a pessoa gosta. E como tem gerado impacto nesse público em específico. 

Nós temos conseguido muito aquilo que temos buscado, a questão da retenção dos talentos, de mostrar como as pessoas são protagonistas da sua própria história, como elas podem definir a sua carreira. Isso pra nós é excelente porque eles acabam contaminando as outras áreas, os motoristas, os mecânicos que também já produzem seu próprio material. Tem trazido muito retorno positivo, felicidade em permanecer dentro da empresa

Muito obrigado.

Obrigada a você.

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