Previsões para o ambiente de trabalho em 2020: Parte I

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Será que as previsões para 2020 estavam corretas? Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.

2020 é um ano de número redondo e que foi muito utilizado em filmes de ficção científica do passado. Sempre despertou um quê de futurismo e sofisticação. 

Anualmente, temos na área de negócios e de gestão de pessoas inúmeros relatórios sobre tendências, mas pouco paramos para revisitar edições antigas para checar se os gurus realmente acertaram.

Neste e nos próximos dois cafezinhos faremos uma revisão das 20 previsões apontadas em 2010 no livro “2020 Workplace“ das autoras Jeanne Meister e Karie Willyerd. Antes de começarmos é importante ressaltar que as autoras possuem bastante credibilidade e que realizaram uma vasta pesquisa primária e secundária. 

Também, destacamos que prever algo nos dias de hoje, sobretudo datado para acontecer, é quase impossível de acertar por conta do volume de transformações e das novas tecnologias.

Para cada uma das previsões adotaremos a seguinte classificação: Realidade; Ainda estamos no caminho; Realidade para alguns nichos; e, Não foi bem assim. Obviamente, vamos generalizar as previsões e relevar diversas tecnologias citadas que não existem mais, como o Second Life. Você se lembra?

Previsão #1:

Você será contratado e promovido pelo seu capital reputacional. Não foi bem assim.

Capital reputacional é extremamente importante, entretanto as autoras apontaram que este seria o seu capital de contatos nas mídias sociais, considerando seguidores, cliques e recomendações. Exercer influência e ter um vasto networking é importante, mas este não é o fator determinante para uma pessoa conseguir emprego ou ser promovida, ainda prevalecem seu perfil, sua trajetória profissional, suas conquistas, competências e a adequação com o propósito e a cultura da organização. Em outras palavras, ainda se olha mais para o conteúdo e para o indivíduo do que para o quanto ele se expõe e se promove. 

Previsão #2:

Seu celular se tornará seu escritório, sua sala de aula e a sua concierge. Ainda estamos no caminho.

O celular se tornou o principal meio de comunicação. E por incrível que pareça não foi por sua funcionalidade primária de ligar para alguém. Temos a comunicação por aplicativos de troca de mensagens instantâneas e por outras ferramentas instaladas nele.

Até aqui poderíamos dizer que a previsão estava certa, entretanto quando analisamos as ferramentas e sistemas corporativos – aqui também incluímos as plataformas de aprendizagem -, ainda estamos no começo. Isso porque o investimento é elevado não apenas na responsividade, mas na adaptação de conteúdo. Além disso, temos restrições e necessidades de adequação às regras de segurança e às questões trabalhistas. Sem contar, a velocidade de adesão das inúmeras gerações da organização.

Previsão #3:

A escassez de talentos será aguda. Realidade. 

As organizações estão cada vez mais subindo a régua de exigências para lidar com a complexidade do novo ambiente de trabalho. Está cada vez mais difícil de preencher vagas. Como exemplo temos a crise de talentos analíticos para a transformação digital e todo o movimento de upskilling e reskilling que já abordamos no canal. 

Previsão #4:

O recrutamento começará em sites de networking social. Realidade para alguns nichos.

Sim, é uma realidade para headhunting de executivos, porém para a grande massa de trabalhadores ainda prevalece os sites de empregos. Uma das mudanças nesta última década foi a adoção da inteligência artificial para o encontro mais assertivo entre empresas e candidatos.

Previsão #5:

Viajantes da web forçarão os escritórios das empresas a se reinventarem. Ainda estamos no caminho.

Na última década se tornou mais comum o home office, entre outras relações mais livres de trabalho que não restringem um horário e local físico. Entretanto, a maioria da força de trabalho ainda precisa bater ponto. Em relação a arquitetura dos escritórios, poderíamos destacar na realidade contemporânea a presença mais frequente de espaços colaborativos e propícios para o florescimento da inovação.

Previsão #6:

Organizações contratarão times inteiros. Realidade para alguns nichos.

Embora não mencionado, a relação mais próxima que temos disso é a criação de ambientes de inovação aberta, em que empreendedores ficam hospedados na organização e buscam desenvolver produtos e serviços que vão solucionar problemas ou gerar oportunidades para o negócio. Destacamos aqui as relações mais abertas e em rede na configuração de trabalho das organizações, em detrimento ao uso da palavra “contratação“, usada pelas autoras.

Bem, este foi o balanço das seis primeiras previsões. No próximo, cafezinho retomaremos ao assunto. Até lá, pense se estas previsões está corretas para a sua realidade ou organização. Tchau!

Fonte consultada: MEISTER, J; WILLYERD, K. The 2020 Workplace: how innovative companies attact, develop, and keep tomorrow´s employees today. Harper Business: New York, 2010.

Resumo da videoaula do Prof. Wagner Cassimiro sobre Previsões para o ambiente de trabalho em 2020: Parte I

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