Você se considera um eterno aprendiz? Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.
Reunimos cinco características do lifelong learner, ou do eterno aprendiz, ou do aprendiz para a vida toda. A proposta aqui é que você faça uma reflexão para si, para sua organização, ou para sua instituição de ensino.
Será que demonstramos essas características, ou mesmo propiciamos as condições necessárias, para sermos bem-sucedidos neste novo ambiente? Vamos lá!
1- Mentalidade de crescimento
Carol Dweck aponta que nossas crenças influenciam nossas capacidades, assim se você acredita que suas habilidades são natas e fixas, você terá uma predisposição a se manter em uma zona de conforto e a evitar desafios, logo uma avaliação negativa pode ser destruidora para sua autoestima. Esta é a mentalidade fixa.
Por outro lado, se você acredita que suas habilidades são mutáveis e que você pode desenvolvê-las, você terá uma predisposição a se esforçar mais em trabalhá-las melhor, buscando novos desafios e o domínio. Na mentalidade de crescimento, as avaliações são vistas como um feedback positivo que ajudam a direcionar sua energia, assim como a persistência em avançar é algo permanente.
Cada vez mais, as mudanças e transformações estão se tornando mais constantes e aceleradas, assim buscar adequar a mentalidade ao novo paradigma é uma garantia de empregabilidade e de capacidade de adequação ao novo ambiente.
2- Mente aberta
As pessoas têm um viés natural a buscar semelhanças no próximo e a se relacionar com quem pensa da mesma forma, chegando até a criar bolhas de relacionamento. Ter uma mente aberta não é ser refratário ao diferente, pelo contrário é valorizar as diferenças buscando compreendê-las de forma respeitosa e extrair delas o máximo de valor, seja por meio de sinergias, de complementariedades ou mesmo de pontos de vista distintos.
Mais do que globalização, estamos vivenciando um momento de reconhecimento das diversidades e inclusão de minorias, logo sair de posições sólidas cunhadas pela tradição é um fator não apenas de convivência, mas de inovação.
Enfim, é preciso aprender a lidar com o novo, com o diferente e com o oposto.
3- Curiosidade intelectual
Saciar a fome ou a sede em aprender causa satisfação nas pessoas que tem curiosidade intelectual.
Pode até parecer um paradoxo, mas quanto mais a pessoa se alimenta, mais a fome aumenta. Isso porque quanto mais descobrimos, mais o campo do conhecimento se expande e se torna complexo. Deste modo, criamos um círculo virtuoso na busca do saber que é infinito.
Como vivemos na era da abundância, onde o conhecimento farto está em todo o lugar, mais do que ensinarmos o quê a pessoa precisa aprender, precisamos ensinar como ela pode buscar suas respostas e a julgar a qualidade das informações e das conexões.
4- Humildade intelectual
Pode ser definida como a média sábia entre o extremo da arrogância de quem acha que sabe tudo, e o outro extremo da baixa autoestima de quem acha que não sabe nada.
Reconhecer suas limitações, lacunas e deficiências é poder construir uma visão mais apurada de si que contribuirá tanto para o autoconhecimento, quanto para o direcionamento de seus esforços e a aprendizagem por meio das interações.
O mesmo vale para suas fortalezas, que poderão ser exploradas, aprimoradas e reconhecidas sem ferir o ego de nenhuma outra pessoa.
5- Protagonismo na aprendizagem
Aqui reunimos diversas capacidades que envolvem a autoavaliação, o autodirecionamento na aprendizagem, o autodidatismo, entre outros. Em síntese, retiramos o controle da escola, ou da empresa, na definição do “quê” e do “como” aprender e transferimos esta responsabilidade para as pessoas, de tal forma a alinhar a motivação e a personalização da aprendizagem.
Este ator ativo e responsável precisa cultivar hábitos positivos de dedicação ao seu desenvolvimento e desenvolver a disciplina de concluir suas iniciativas. Também, precisa explorar não somente os métodos tradicionais e formais, como livros e cursos, como também extrair o máximo de suas relações sociais, cultivando relacionamentos de compartilhamento de conhecimento, e de suas experiências, saindo da rotina e se permitindo a novos desafios.
As cinco características citadas naturalmente possuem sobreposições, entretanto apresentá-las em separado elucida suas principais contribuições. Reflita em cada uma se você demonstrando os comportamentos adequados e busque aprimorá-los.
O curioso é que com o avançar da idade, temos uma tendência natural de nos sentirmos mais estáveis, mais reservados e restritos, satisfeitos com o que já conquistamos e conhecemos, quando não até nos sentimos mais orgulhosos de nossas conquistas e experiências.
Pois bem, embora estamos programados a nos fechar no avanço do ciclo de vida, podemos nos manter insaciáveis preservando conscientemente a jovialidade de um jovem aprendiz.
Boas reflexões!
2 comentários sobre “As cinco características de um lifelong learner”
Todos os dias temos algo a aprender!
Todos os dias temos algo a aprender pois através de cada conhecimento se compartilha aprendizado.