As três ignorâncias que prejudicam pessoas e organizações

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Você conhece as principais ignorâncias que nos assombram nas organizações? Olá eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.

“O conhecimento da ignorância é o início da sabedoria”, era esta a lição que Sócrates buscava ensinar com sua conhecida frase: “Só sei que nada sei”.

Ignorância, segundo o Dicionário Básico de Filosofia, “é a atitude daquele que, não sabendo utilizar as suas capacidades racionais, engana-se quanto à qualidade de seus conhecimentos, tomando por verdade o que não passa de uma opinião falsa ou incerta e expondo-se à ilusão e ao erro”.

Com este conceito em mente, reinterpretaremos os tipos de ignorância tomando como base o contexto organizacional. Baseamos nossa construção nos três elementos que definem o que é competência, ou seja: conhecimentos, habilidades e atitudes. 

O não reconhecimento do “não saber”, do “não saber fazer” e do “não querer” geram uma falsa sensação de domínio e de confiança que resultam em consequências nocivas para a atuação e o crescimento das pessoas e dos negócios.

A seguir falaremos um pouco mais sobre elas e veremos algumas recomendações de como tratá-las no ambiente organizacional.

1ª Ignorância: Não saber

Na primeira ignorância, faltamos em reconhecer a ausência de conhecimentos. O “não saber” associado com o “querer fazer” origina em uma boa intenção de ajudar de uma pessoa sem a bagagem necessária, o que gera consequências drásticas por meio de palpites não apropriados e recomendações sem fundamentos.

Das ignorâncias esta é a mais imperceptível e mascarada, porque ambas as pessoas não têm o domínio suficiente para julgar adequadamente e tomar a melhor decisão.

O “não saber” associado com o “saber fazer” cria um sentimento de presunção e de desvalorização do processo de aprendizagem. A falsa sensação de achar que novos conhecimentos são desnecessários para replicar com sucesso habilidades que funcionam em um dado contexto, resulta em uma visão deturbada da realidade, assim a pessoa acha que está arrasando, enquanto na verdade está atuando bem fora do esperado.

O “não saber” se corrige com formação e recursos de aprendizagem, bem como com ferramentas de avaliação e de autoconhecimento para dar a real noção do que a pessoa sabe e o que ela precisa saber.

2ª Ignorância: Não saber fazer

Na segunda ignorância, faltamos em reconhecer o real domínio das habilidades. O “não saber fazer” associado com o “querer fazer” cria uma atuação bastante errante e baseada apenas na lógica da tentativa e do erro. Nada contra o feeling, ou contra as abordagens ágeis, na verdade são muito positivas desde que adotadas com consciência e com ciclos de aprendizagem integrados. O problema está em achar que basta ter vontade e esforço para se lançar em grandes desafios que requerem bastante domínio e expertise.

Este mesmo “não saber fazer” associado com o “saber” é o problema mais clássico das pessoas que estão começando uma nova jornada no trabalho, pois recebem os conceitos necessários sem a experiência devida para consolidar os novos conhecimentos em habilidades. A ausência de esforços neste sentido, gera sentimentos de medo, insegurança e até de incapacidade.

O “não saber fazer” se corrige com feedbacks, ações suporte ao desempenho on the job e ações mais estruturadas de transferência da aprendizagem para a prática.

3ª Ignorância: Não querer

Na terceira ignorância – talvez a mais grave de todas -, faltamos em reconhecer a ausência de atitudes. O “não querer” associado ao “saber” demonstra resistências em corresponder com os comportamentos desejados e até mesmo levar no pior dos cenários ao desvirtuamento, quando a pessoa conscientemente vai na contramão das atitudes esperadas. 

O “não querer” combinado com o “saber fazer” resulta em comportamentos negativos de preguiça, má vontade e procrastinação. Em outras palavras, a pessoa sabe como atuar de forma exemplar, mas por algum motivo ligado à motivação não corresponde positivamente com suas atitudes.

Para trabalhar o “não querer” é necessário resgatar o propósito e o significado no trabalho, reafirmar os valores corporativos e o código de ética da organização e fazer valer a gestão das consequências para contribuir na modelação dos comportamentos desejados.

Agora pense em como cada um destes elementos contamina o trabalho e adote ações mais apropriadas para contorná-los. Certamente, a sua atuação será mais efetiva em relação ao problema!

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Resumo da aula sobre As três ignorâncias que prejudicam pessoas e organizações

 

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