Você sabe como lidar e gerir seu portfolio em um ambiente de constante mudança? Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.
O mundo está em crescente transformação e as organizações vivenciam constantes processos de mudanças. Tudo isso repercute diretamente na gestão do portfolio de soluções de aprendizagem que cada vez mais enfrenta o desafio da frequente atualização.
Entretanto, infelizmente não é o que acontece em boa parte das organizações. É cada vez mais comum encontrarmos plataformas repletas de conteúdos desatualizados e capacitações presenciais que promovem assuntos passados ou incoerentes com a nova realidade da organização.
A consequência disso repercute diretamente na reputação e na credibilidade da área, ou da universidade corporativa, já que esta possui o papel primário em promover a formação e o desenvolvimento dos indivíduos. Logo, seria um desserviço disseminar conteúdos desatualizados.
Além disso, é comum vermos alguns gestores jogando quase tudo fora e refazendo as coisas do zero, desperdiçando recursos e às vezes até desenvolvendo soluções com conteúdos atualizados, porém piores que a as anteriores em termos de experiência de aprendizagem.
Mais do que colocar soluções na organização, é preciso cuidar delas. Assim, preparamos 5 dicas para ajudá-lo a combater a desatualização.
Primeira dica:
Estabelecer prazos para verificação da atualização. Como a atualização é uma atividade secundária do desenvolvimento, é comum não ter esta ação como foco da nossa atenção. Logo, é importante estabelecer prazos ou rituais determinados para sua conferência.
Podemos estabelecer ciclos de verificação, por exemplo, anuais, para realizar uma varredura geral em busca de correções no portfolio. Ou mesmo, podemos criar a disciplina de estabelecer tarefas de checagem um pouco antes ou logo após a realização de uma capacitação presencial. Assim, saímos da rotina automática e analisamos quando ela está em evidência na mesa.
Também, é importante classificar as soluções conforme sua velocidade de atualização, pois sabemos que algumas demandam maior frequência que outras.
Segunda dica:
Compartilhar a guarda do conhecimento e do conteúdo. A área de educação corporativa é viabilizadora do fluxo de conhecimento na organização e não dona do conhecimento organizacional. Logo, é preciso compartilhar a responsabilidade com os detentores natos dos conhecimentos que originaram os conteúdos.
Recomendamos o estabelecimento de uma governança com rituais definidos e programados para legitimar o papel de especialistas da organização e áreas responsáveis. Afinal, as campanhas e as ações destas áreas precisam do suporte e do alinhamento com as respectivas ações educacionais.
Terceira dica:
Monitorar avaliações dos participantes. Aqui menos com um caráter preventivo e mais como algo paliativo, precisamos acompanhar as manifestações dos participantes, que por ventura possam trazer alguma evidência.
Se forem novatos, dificilmente conseguirão identificar algum ponto, mas se forem experientes na organização, poderão identificar e reportar qualquer problema com o conteúdo. Na sequência, precisamos dar vazão e consequência para cada mensagem que chega, sempre nos preocupando em retornar esta comunicação com os envolvidos.
Quarta dica:
Desenvolver soluções ágeis e flexíveis. Se construímos para durar, fazemos algo robusto e resistente, mas se construímos algo para mudar na sequência, então precisamos de algo bastante flexível.
Esta mentalidade já deve estar presente no diagnóstico e no desenho da solução. Desta forma, podemos desenvolver os recursos e as atividades para que possam ser facilmente adaptadas e atualizadas.
Se envolver terceiros, é importante estabelecer contratos mais dinâmicos e duradouros com fornecedores, pré-estabelecendo níveis de serviços e preços para cada tipo de atualização. Preferencialmente, possuindo certa autonomia e possibilidade para agilizar atualizações pontuais.
Quinta dica:
Estabelecer roadmap de evolução. É importante a área ter uma visão de como as plataformas e as tecnologias estão evoluindo e como ela pretende incorporá-las no futuro. Somente assim, é possível estar preparada quando elas chegarem.
São erros crassos, por exemplo, migrar todo o repositório de elearning para a versão mobile, por conta da legibilidade do conteúdo e da interface diferente com o usuário. Assim como, achar que microlearning é só fatiar os conteúdos e disponibilizar eles picotados. Nestes casos, é necessário pensar de antemão respectivamente na responsividade para cada device e em arcos de aprendizagem mais coerentes e independentes.
Viram? Antes de jogar todo o armário fora, adote medidas para melhorar os processos de atualização, pensando em sempre reciclar e reutilizar seus recursos.
Gostou do vídeo, então compartilha com seus colegas do trabalho para que vocês aprimorarem a gestão do portfolio de sua organização. Até mais!