Série ICKM SUCEG 2019 |6 de 14| Conhecimento em risco 

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Olá, voltamos aqui em Florianópolis e meu próximo convidado é o prof. Hélio Ferenhof e nós vamos falar sobre conhecimento em risco.  Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3. 

Tudo bem, prof. Hélio? 

Tudo ótimo! 

Quais são os tipos de riscos envolvendo o conhecimento? 

Conhecimento em risco engloba uma série de fatores. Um deles é o desperdício de conhecimento, o não uso da plena capacidade do conhecimento. O conhecimento também pode ser perdido, que é a perda de conhecimento.  

Existem outros dois aspectos que podem ser tanto positivos quanto negativos que é o vazamento de conhecimento e o transbordamento de conhecimento. 

Como a organização pode melhor evitar com que estes riscos venham a existir na organização? 

Primeiramente sabendo que existem. Existe essa possibilidade. Uma vez que ela fica conhecendo, tem esse awareness, fica atenta a este tipo de risco, ela pode utilizar da gestão do conhecimento para mitigar os riscos negativos e impulsionar os riscos positivos. 

Para cada um dos 4 que você citou, quais são as recomendações para alavancar atitudes positivas e ações que vão beneficiar a organização? 

Para cada um deles existem uma série de fatores, série de ferramentas e técnicas de gestão do conhecimento específicas para eles. Por exemplo, a parte de perda de conhecimento. Perda é quando você não tem mais acesso a este conhecimento. 

Quando uma pessoa se aposenta, por exemplo. 

Exatamente! Por exemplo, uma maneira, a pessoa vai se aposentar, como você faria para reter este conhecimento? 

Existem técnicas, job shadowing, job rotation, que é você colocar uma outra pessoa para acompanhar, o shadow, a sombra, acompanhar o trabalho daquela outra pessoa. O outro, por exemplo que é o job rotation, girar em posições que outras pessoas vão aprendendo partes pelo menos daquele conhecimento antes daquela pessoa sair, deixar a empresa. 

Existem “n” técnicas e o gestor do conhecimento, ou o gestor da empresa, não preciso especificamente dizer que é do conhecimento tem que conhecer que existem estes fatores e se preparar, se antever para que não perca estes conhecimentos. 

Para as outras que você citou, quais tipos de ações teríamos? 

Para desperdício de conhecimento existem seis categorias, vou falar de uma delas só, que é o wishful thinking. Que é você tomar decisões com base em desejos e não em dados. Você saber que existem dados na empresa e você tomar a decisão com base neles.  

A empresa gera várias informações, com base nos dados, tem uma base de conhecimento e simplesmente o gestor usa regra do dedão, rule of the thumb, “eu acho que o vento vai por aqui” e toma a decisão. Mas tem toda uma série de analytics, uma série de dados que foram gerados dentro da própria organização e ele não usa para a tomada de decisão.  

Você está desperdiçando o conhecimento destas outras pessoas que promoveram uma série de dados que podem tornar a decisão mais assertiva. Para desperdício de conhecimento uma das categorias que é wishful thinking essa pode ser uma das soluções. 

Por exemplo, para vazamento de conhecimento. Vazamento é quando você passa uma informação intencionalmente, ou não intencionalmente. Ou um conhecimento core da empresa. Para isso a primeira coisa é saber que pode ocorrer. Isso serve tanto para transbordamento quando para vazamento.  

Transbordamento é quando tem em todas as direções. É uma questão teórica, ao invés de passar para uma pessoa direcional é para todas as pessoas que estão à volta. 

Primeira coisa é saber onde você está. “Que ambiente eu estou? Estou em um ambiente hostil? Não estou em um ambiente hostil?”. Por exemplo, estou em um bar, acho que estou tranquilo, mas pode ter alguém que está passando do lado que eu posso transbordar essa informação para a outra pessoa.  

Você está falando, de repente, um negócio novo que você descobriu, uma nova ideia, uma inovação, você está conversando com um parceiro de negócios que vai fazer, seu sócio por exemplo, mas tem alguém do lado que está ouvindo que pode pegar aquilo e impulsionar primeiro. Evitar este tipo de coisa. Sentir o ambiente, fazer a gestão das interações, saber qual é o conhecimento core que pode ser transmitido para impulsionar ou não deve ser transmitido para que não haja essa perda. 

Um termo de confidencialidade e sigilo. 

Exatamente. Mas, por exemplo, você pode até assinar, mas se você vai no bar, acha que está entre amigos e na verdade podem ter outras pessoas em volta que podem estar de antena ligada, ou não. Podem estar só passando, ouviu, pegou aquela ideia e já toca para frente, por exemplo. Ter a consciência que o conhecimento pode estar em risco. 

Muito obrigado! 

Resumo da conversa do Prof. Wagner Cassimiro com prof. Hélio Ferenhof sobre conhecimento em risco

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