Horas anuais de treinamento por colaborador: Brasil x EUA

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Você sabe quantas horas anuais de treinamento por colaborador sua organização entrega? Olá, eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.

No Brasil, treinamos quase a metade das horas em relação às organizações americanas. Este fato somado à baixa qualificação da mão de obra que chega às organizações explica uma boa parte da nossa baixa produtividade e competitividade.

Entre 2015 e 2019, a média anual nos Estados Unidos foi de 34 horas de treinamento, enquanto no Brasil foi de apenas 18,5 horas. Para cada organização descobrir o seu dado, basta somar a carga horária de todos os participantes nos treinamentos e dividir pelo número total de colaboradores na organização.

Nos Estados Unidos este dado vem evoluindo suavemente e de forma constante. Segundo a ATD, em 2015, foram 33,5 horas. Em 2016, foram 34,1 horas. Em 2017, foram novamente 34,1 horas. Em 2018, foram 34 horas. E em 2019, foram 34,7 horas.

Já no Brasil, este dado flutua com um desvio maior. Segundo a pesquisa Panorama do Treinamento no Brasil, realizada pela ABTD e Integração, em 2015, foram 16,6 horas. Em 2016, foram 22 horas. Em 2017, foram 21 horas. Em 2018, foram 18 horas. E em 2019, foram apenas 15 horas.

Algumas reflexões derivam deste assunto.

Primeiro, embora horas de treinamento seja um indicador de processo e não de resultado, todas tendências indicam perspectiva de alta na demanda por capacitação devido a maior complexidade no trabalho e às mudanças constantes.

Segundo, nos Estados Unidos as organizações que se destacam em desenvolvimento de talentos são reconhecidas pela ATD no “BEST Awards”. Estas possuem média ainda mais elevada. Entre 2015 e 2019, estas organizações investiram em média 45 horas.

Terceiro, não vamos entrar no mérito do consumo destas horas, pois nem temos dados para isso. Porém, sabemos que boa parte destas horas ainda é voltada para cumprir exigências legais de treinamentos obrigatórios como, por exemplo, as NRs, ou mesmo para promover programas de onboarding e de compliance. Logo, resta ainda menos horas para o desenvolvimento em temas mais críticos e diferenciadores.

Quarto, tecnologias digitais na aprendizagem contribuem para que este número cresça, inclusive com maior produtividade e eficiência. Em 2020, a aceleração digital também fez migrar o treinamento presencial para o online, sobretudo o formato ao vivo. Ainda não temos o dado registrado nos EUA, mas a média brasileira voltou a subir e chegou a 19 horas, em 2020.

Quinto, desenvolvimento é a primeira ou a segunda prioridade na escolha de jovens talentos. Assim, a disputa pela atração das melhores cabeças leva em consideração não só a cultura de aprendizagem e a relação líder com a equipe, como também a percepção de investimento em capacitações formais.

E você? Quantas horas a sua organização investe de treinamento por colaborador? Calcule o seu e diga se você está abaixo ou acima da média. Aproveite e passe a gerenciar este patamar juntamente com o alcance de resultados. Até mais!

Resumo da aula sobre Horas anuais de treinamento por colaborador: Brasil x EUA

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