Principais erros do design de aprendizagem. Parte I: Análise e Design

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Por que suas ações de educação corporativa nem sempre trazem os resultados esperados? Quais as falhas mais frequentes no diagnóstico e na proposta de uma solução de aprendizagem? Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.

O sucesso das ações de aprendizagem depende de diversos fatores. Exploraremos neste cafezinho os fatores associados ao processo de design de aprendizagem, sobretudo nas etapas de análise e de design.

Na etapa de “Análise” você definirá o resultado esperado, o propósito da ação e os objetivos de aprendizagem. Embora seja a etapa mais importante, o primeiro erro e o mais comum é pular esta etapa.

Na urgência de entregar um programa, parte-se diretamente e apressadamente para a execução da solução, ou melhor, da “não solução”, sem um diagnóstico devidamente aprofundado.

É por conta disso que surge o segundo erro: tudo se resolve com capacitação. A falta de criticidade para julgar as demandas que surgem, faz com que você atenda as solicitações sem questionar e sem investigar a causa raiz do problema.

Sabemos que as ações de educação são caras, consomem o tempo das pessoas e trazem resultados de médio e longo prazo, além de riscos envolvidos em seu sucesso, por isso devem ser usadas com precisão e somente quando a lacuna de desempenho envolver a falta de conhecimento e de competências.

O terceiro erro é não realizar a análise do aprendiz. Esta atividade é importante para se compreender as experiências prévias, o nível de proficiência, o contexto de trabalho e os aspectos emocionais envolvidos. Sem isso, provavelmente você falhará na escolha do formato e da estratégia de aprendizagem mais apropriada, ou pecará em obter a atenção dos participantes, por exemplo.

O quarto erro é não mapear os fatores influenciadores do resultado. Precisamos estimar não só a parcela de impacto da ação de aprendizagem, como também de outros fatores associados ao resultado esperado para efetivamente unir esforços e conduzir a mobilização orquestrada em direção à mudança organizacional necessária.

O quinto erro é não engajar os stakeholders e não pactuar papéis e responsabilidades.

É nesta etapa onde estabelecemos um compromisso mútuo com a área parceira em relação aos resultados de negócio esperados, esclarecemos o que será feito e como será o seu envolvimento nas próximas etapas.

Na etapa de “Design”, você desenhará sua solução de aprendizagem e estabelecerá como a avaliação poderá checar os resultados.

Como sexto erro de nossa lista, temos o desalinhamento do design com o negócio. Em outras palavras, podemos até realizar um bom diagnóstico, porém poderemos não conseguir concretizá-lo em uma boa solução de aprendizagem que traga a conexão com o negócio.

O sétimo erro é o vício na adoção dos formatos mais convenientes. Define-se o formato conforme o hábito, que geralmente é o presencial, ou o e-learning. Assim, é importante expandir portfolio para se ter mais opções e realizar a escolha de forma mais assertiva.

O oitavo erro deriva do anterior e é o fato de não explorar soluções de aprendizagem informal. As metodologias tradicionais de design instrucional levam os DIs a elaborarem soluções de aprendizagem estruturada, enquanto muitas vezes seria mais eficiente e eficaz uma solução on the job, ou algo que explore a aprendizagem social e outras práticas de gestão de conhecimento.

O nono erro é construir uma solução muito grande e complexa. Na busca da própria perfeição, comete-se a falha de só enxergar a própria excelência, punindo a viabilidade de recursos e de tempo, além de aumentar os riscos da não aceitação dos participantes e das áreas parceiras.

Por fim, o décimo erro seria não planejar a avaliação nesta etapa. A definição do sistema de avaliação dos objetivos de aprendizagem e da própria eficácia da ação deve ser realizada ainda na etapa de design.

Gostou? Então não perca a continuidade deste vídeo no próximo cafezinho! Exploraremos as etapas de desenvolvimento, implementação e de avaliação. Até mais!

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