Série Via Varejo |5 de 6| – Produção do microlearning

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Voltamos aqui na Via Varejo com o Paulo e João e agora vamos continuar nossa conversa sobre microlearning e falar um pouco sobre como ele é produzido. Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.

João, como vocês identificam as demandas de desenvolvimento de conteúdo e desenvolvem estes recursos?

Primeiro olhamos para o lado do colaborador. Identificamos os melhores conteúdos que devemos desenvolver com foco no colaborador. Também tem um outro lado que temos os novos lançamentos de produtos e serviços que temos no mercado. Capturamos estas priorizações e, também, desenvolvemos a partir deste foco de priorização.

Quando você fala com foco no colaborador, o que seria? Vocês fazem uma avaliação? Uma identificação? Como vocês fazem?

É o cruzamento dos resultados deles, ou seja, quais são os melhores produtos e serviços que ele tem que vender naquele momento para melhorar os resultados que ele tem até aquele momento.

[Paulo] Todas as análises de dados nos ajudam a identificar o que precisamos reforçar. Sejam produtos que precisamos alavancar o volume de negócios e conseguimos saber exatamente em que região, em que loja, ou que pessoa e quais são as dificuldades que cada colaborador vem apresentando para conseguir entregar seus resultados e ter uma boa eficiência. 

Estes dados todos geram uma série de insights e nós priorizamos o desenvolvimento de conteúdo a partir da visão da necessidade do time. Como o João falou, tem uma série de outras demandas que surgem por inovação, lançamento de novos produtos, lançamento de novos negócios e mesmo o tema de comunicação que, às vezes, precisamos reforçar como um processo é feito, o lançamento de um sistema novo. Mais ou menos esta é a maneira como identificamos e priorizamos. A demanda por conteúdo é sempre grande.

De certa forma, falar sobre produtos é meio preto no branco, mas e quando vamos falar de conhecimentos tácitos da área comercial como negociação, ou como lidar com situações difíceis, clientes, como vocês capturam estes conhecimentos que são mais tácitos do que explícitos?

Uma das formas que temos utilizado é fazer com que o próprio time seja um gerador de conteúdo. Vemos que têm pessoas que se destacam em determinados serviços, em determinadas maneiras de ofertar um produto ou um serviço para o cliente e temos gerado um estímulo para o time para que eles mesmos sejam produtores de conteúdos. 

Nós temos nossos influencers. Então, como aproveitamos uma técnica boa, uma maneira que alguém descobriu que traz muito sucesso e faz com que ele tenha visibilidade, se exponha e gere esse aprendizado para todos os outros. 

Esta é uma das formas que temos encontrado de fazer com que a conexão seja um processo de multidão e que as pessoas colaborem com as outras, se ajudem. O valor está mais no time do que em qualquer outra forma que poderíamos encontrar de produzir conteúdo.

Uma vez identificada a demanda, desenvolvido o recurso, disponibilizado, como vocês fazem a verificação dos impactos ou mesmo da qualidade de reação destes objetos de aprendizagem?

Um pouco do que falamos no outro vídeo. Nós verificamos a audiência deste conteúdo, ou seja, conteúdos com mais audiência são conteúdos que estão mais próximos da realidade deles. Também as pesquisas que fazemos, enviamos sobre aquele conteúdo para saber qual é a resposta que ele traz para nós, se estamos indo ou não no caminho certo.

[Paulo] Conseguimos medir, também, o resultado daquela pessoa vendendo aquele produto, aquele serviço o que é absolutamente tangível. Você vê se ela acessou a dica se ela utilizou o conteúdo, se ela avaliou bem o conteúdo e se ela consegue transformar aquilo em resultado. Conseguimos fechar de ponta a ponta…

Posteriormente cruzar estes dados para ver se tem alguma significância do uso.

Que mostra, o que a Dani comentou antes, do quanto vemos percebendo que os usuários mais recorrentes quanto eles têm evoluído mais rápido, aprendendo mais e conseguindo alcançar melhores resultados do que aqueles que ainda têm um nível de utilização menor.

Isso se torna a própria alavanca de comunicação e engajamento do time. Quando você mostra que quem usa mais, ganha mais, vende mais, naturalmente é a melhor propaganda para todos os outros se engajarem também e passarem a utilizar no seu dia a dia.

Quando pensamos em microlearning, vamos direto para vídeos, textos, infográficos, o que mais vocês promovem dentro deste formato?

Promovemos o compartilhamento de informações. Identificamos um colaborador, aquilo que ele tem de muito bom, com aquele que não está tão bom assim. Fazemos com que este converse com o outro e vice-versa e justamente para trocarem estas informações e gerarem a troca de conhecimento.

[Paulo] Isto é muito bacana, Wagner porque foi uma descoberta ao longo da jornada, porque quando você conversa com alguém que efetivamente faz alguma coisa que você tem dificuldade, aquilo é muito concreto. Você vê que é possível. Mais do que um vídeo de alguém dizendo teoricamente como aquilo deve ser feito, você na prática alguém que faz, que tem resultado, que está ali disposto a compartilhar com você um aprendizado, uma técnica e gera resultado para os dois, pois um aprende e o outro fica feliz por ensinar. Tem sido uma técnica que temos aplicado bastante e que está dando bastante resultado também.

Ou seja, mais do que conteúdos, tem uma promoção de uma gestão do conhecimento na prática?

Tem um compartilhamento, tem troca de ideias, tem uma conexão entre as pessoas que é um outro ganho indireto disto tudo.

Muito obrigado!

Resumo da entrevista da série Via Varejo |5 de 6| - Produção do microlearning 

        

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