Programa de mentoria para médicos do Hospital A. Einstein – ATD Conference, 2019 

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Olá! Voltamos aqui para ATD 2019 e aqui eu estou com o Fernando Mattos e com Nam Jin Kim do Hospital Albert Einstein e nós vamos falar sobre o programa de mentoria para médicos. Eu sou o Wagner Cassimiro e este é o Espresso3. 

Pessoal, por que se tornou necessário criar, estruturar um programa de mentoria para médicos? 

Nós vivemos em um meio bastante peculiar, uma vez que a formação médica em sua maioria no Brasil é uma formação voltada, principalmente, para aspectos técnicos. Os recémformados, naturalmente, principalmente nas grandes instituições públicas tradicionais no Brasil, eles acabam tendo uma certa dificuldade, principalmente no nosso meio, estamos em uma instituição com muitas particularidades, com um público diferente de grande parte do mercado brasileiro e o que víamos na nossa instituição é que as pessoas tinham este nível técnico elevado mas elas tinham dificuldade em adaptação por falta de treinamento em características comportamentais, culturais, aprender um pouco a cultura da nossa instituição e como lidar com este público. 

Nam, se eu me formei e entrei no Einstein, qual vai ser minha jornada dentro deste programa? 

Normalmente o programa pega este superespecialista que sai do treinamento médico, que tem pouca convivência com o mercado, tem pouca convivência com os pacientes do mercado privado, sabe lidar pouco com os médicos do mercado privado e ele, aproximadamente depois de 60 dias, recebe uma seleção dos nossos Recursos Humanos e ele é designado para um mentor.  

Este mentor tem reuniões mensais que duram, aproximadamente, uma hora e tem uma trilha para percorrer, uma sugestão pré-estabelecida pelo nosso programa que ele deve abordar todos os temas desde áreas comportamentais, desenvolvimento pessoal, relação interpessoal, como lidar com situações de gerenciar a expectativa do paciente e, principalmente no nosso meio, o mais difícil é falar o não para o paciente. O paciente às vezes não está esperando um não, ele quer que resolva o problema e às vezes resolver o problema é dizer não. Ensinamos muito como lidar com essa expectativa do paciente. 

Quais foram os frutos que vocês colheram tanto para o Einstein como para os médicos? 

O principal foi abrir esta nova fronteira na área médica. Somos extremamente desenvolvidos tecnicamente, mas somos muito iniciantes na área de soft skills neste sentido. Lidar com pessoas e entender como funciona este engajamento. 

Para os mentorados, para os mentees, eles ganharam uma porta que se abriu, que é o que conversamos na nossa apresentação, foi tudo que eu queria saber 10 anos antes sendo colocado em prática, evitando situações estressantes e dando facilidades.  

Hoje, temos profissionais que entraram agora no Einstein e em poucos meses viraram instrutores, entraram em equipes titulares, estão fazendo trabalho de pesquisa, coisa que levamos 3, 4, 5 anos para conseguir inserção. Aceleramos, catalisamos muito este processo dentro deste programa. 

Para os mentores é um ganho, como se fosse um restaurante bom, você fica ansioso para poder contar, um filme bom você fica ansioso para poder contar, porque é uma experiência de crescimento única e ímpar. 

Parabéns! 

Obrigado! 

Resumo da entrevista sobre Programa de mentoria para médicos do Hospital A. Einstein - ATD Conference, 2019 

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