Série Aprendizagem on the job: After-action review

Compartilhe!

Você sabe como evitar falhas e perpetuar o sucesso de suas ações? Eu sou Wagner Cassimiro e este é o Espresso3.

Todo líder, independente de sua área e posição, deve promover uma reflexão retrospectiva com a finalidade de aprimorar a atuação no futuro. Também, deve proporcionar a organização lições aprendidas e boas práticas para que não se repitam as mesmas falhas.

O After-action review, que em português seria algo como “revisão pós-ação”, surgiu nas forças armadas e os militares buscavam a cada combate analisar os acontecimentos, verificar seus acertos e erros com o objetivo de traçar estratégias mais eficazes em combates futuros.

Hoje, esta técnica é utilizada nas mais diferentes áreas, nos esportes até em projetos de desenvolvimento de apps. No mundo corporativo o after-action review contribui para a própria reflexão e crescimento das pessoas, quando conduzido individualmente, para o aprimoramento da entrega de times, quando conduzido coletivamente, e para resultados e aprendizagem organizacional, quando trabalhado em toda a organização.

Sua aplicação é bem simples e deve ser ritualizada após cada grande projeto, evento, treinamento e revisão de processos, preferencialmente deve ser conduzida pelo próprio líder, a não ser que necessite de um facilitador mais neutro e imparcial. Em pequenas ações e em caráter informal, sua duração é de 15 a 30 minutos. Em grandes ações e em caráter formal, pode chegar a 2 horas.

Essencialmente, temos quatro grandes questões que norteiam toda a reflexão. Vamos ver como conduzir esta técnica?

A primeira é “O que era esperado acontecer?Esta questão estabelece a compreensão das expectativas e do escopo inicial a ser atingido. Neste item resgatamos os propósitos iniciais, objetivos, resultados a serem alcançados; envolvidos, duração e recursos previstos; e facilitadores e barreiras que eram esperados.

A segunda questão é “O que realmente aconteceu?” Neste ponto contrapomos cada ponto esperado na questão anterior com o que realmente ocorreu com a finalidade de identificar as diferenças em cada item. Se necessário, recompor cronologicamente os fatos para facilitar a análise.

A terceira questão é O que deu certo e por quê?” Aqui buscamos apontar os fatores que contribuíram para o sucesso da ação e descrever como podemos repetir esta receita em futuras ações.

Por fim, a última questão é “O que pode ser aprimorado e como?” Neste momento, devemos apontar os fatores que não deram certo na ação e descrever como podemos evitar, contornar, mitigar e superar este item em futuras ações.

Como viram, as questões de reflexão são bem simples. O maior desafio é tornar esta técnica um hábito entre os líderes e colaboradores da organização.

Para finalizar, elencamos algumas dicas para o sucesso da aplicação desta técnica:

  1. Buscar a participação e contribuição de todos que atuaram na ação;
  2. Realizar a reflexão em até duas semanas após o término da ação;
  3. Permitir reflexão individual antes da reflexão em grupo;
  4. Manter um clima de abertura, aprendizagem, profissionalismo, honestidade e construção para o futuro;
  5. Evitar de caçar as “bruxas” e usar o momento para lavar “roupa-suja”;
  6. Manter o foco na ação e buscar trazer para si o problema, evitando divagações desnecessárias sobre culpar o mundo, a cultura da empresa, o sistema e tudo que é alheio a sua ação;
  7. Registrar e compartilhar as lições aprendidas, bem como sustentar o que deu certo.

Destaco a importância deste último item. Afinal, os aprendizados precisam ser multiplicados para ajudar outros times a seguir as boas práticas e evitar armadilhas e aprender de forma dolorosa.

Para finalizar, deixamos no site do Espresso3 um template para que você possa adotar e compartilhar em sua organização. Até a próxima!

Faça o download no link abaixo:

https://espresso3.com.br/template-after-action-review/

 

 

 

 

 

 

Compartilhe!

2 comentários sobre “Série Aprendizagem on the job: After-action review

  1. O que era esperado acontecer – estudantes dominarem a ferramenta google sites e utilizarem como portfólio para atividades escolares
    O que realmente aconteceu – estudantes com maior entendimento de informática atingiram a expectativa enquanto que os demais não conseguiram concluir sem auxílio individualizado
    O que deu certo – portfólios criativos foram produzidos, autonomia por parte do estudante em gerenciar suas produções e se tempo
    Como repetir e sustentar o sucesso – manter padronizada a prática para que o portfolio se torne uma opção de registro escolar
    O que precisa ser melhorado – preparar melhor os estudantes com dificuldades na ferramenta
    Como aprimorar e disseminar – corrigir os erros observados, compartilhar com colegas o processo e os resultados

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *